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Coalizão liderada pelos Estados Unidos ataca posições do regime sírio

Pelo menos 12 pessoas morreram em uma área onde o regime sírio e a coalizão internacional combatem separadamente os extremistas islâmicos

Exército sírio: a coalizão internacional atua no país desde 2011 para combater o Estado Islâmico (EI) (Omar Sanadiki/Reuters)

Exército sírio: a coalizão internacional atua no país desde 2011 para combater o Estado Islâmico (EI) (Omar Sanadiki/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de maio de 2018 às 09h28.

Última atualização em 24 de maio de 2018 às 09h57.

A coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardeou nesta quinta-feira posições do regime no leste da Síria, matando 12 pessoas em uma área onde os dois lados combatem separadamente os extremistas islâmicos, informou uma ONG.

A agência oficial de notícias síria Sana confirmou os ataques aéreos, dizendo que elas causaram apenas danos materiais. Em Washington, um porta-voz do Pentágono afirmou que não tinha "informações" para respaldar essas alegações.

A coalizão internacional atua no país em guerra desde 2011 para combater os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI). Mas também atingiu as forças do regime de Bashar al-Assad nos últimos anos.

Nesta quinta-feira, seus aviões atingiram posições no Exército ao sul de Bukamal, cidade a poucos quilômetros da fronteira iraquiana, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Pelo menos 12 combatentes não-sírios foram mortos, indicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, sem poder especificar sua nacionalidade. Combatentes iranianos, libaneses e iraquianos lutam ao lado do regime nessa região. Três veículos também foram destruídos.

Uma fonte militar citada pela Sana confirmou que posições do regime entre Bukamal e Hmeimeh foram alvos "de um ataque de aviões da coalizão americana".

Bukamal e Hmeimeh estão na província de Deir Ezzor, onde as tropas pró-governo de um lado e a coalizão internacional e as Forças Democráticas Sírias (FDS, uma coalizão dominada pelos curdos) do outro conduzem ofensivas separadas contra o EI.

A coalizão internacional apoia a FDS em sua luta contra o EI, que perdeu a maior parte do território que controlava desde 2014 na Síria e no vizinho Iraque. Mas o grupo jihadista continua presente em áreas desérticas entre os dois países, especialmente na província de Deir Ezzor.

De acordo com uma fonte militar das forças pró-regime, os ataques visaram duas posições perto de uma linha de frente com o EI. "Não há iranianos ou libaneses entre as vítimas", afirmou, sem maiores detalhes.

O regime enviou reforços no local, de acordo com o OSDH.

Em fevereiro, bombardeios da coalizão na província de Deir Ezzor mataram pelo menos 100 combatentes e aliados do regime, incluindo russos, em retaliação a um ataque contra posições das FDS. E em setembro de 2016, ataques aéreos contra posições militares do regime, também no leste do país, custaram a vida de mais de 60 soldados sírios.

Na segunda-feira, as tropas do governo expulsaram o EI de seu último reduto na região de Damasco.

Mais de mil jihadistas foram evacuados desta área para o "badiya" (deserto em árabe) que se estende do centro da Síria até as fronteiras orientais com o Iraque.

Na terça-feira, de acordo com o OSDH, 26 membros das forças pró-governo foram mortos em um ataque do EI nesta região desértica.

O conflito na Síria já matou mais de 350.000 pessoas desde 2011.

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