Torcedores do River Plate: torcedores do River se confrontaram em lanchonete do Monumental de Nuñez (Divulgação/River Plate)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2014 às 13h11.
Buenos Aires - O Chefe de Gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, condenou nesta quarta-feira os clubes de futebol do país, por serem coniventes com torcedores violentos, um dia depois de briga envolvendo "barrabravas" do River Plate, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Em entrevista coletiva concedida diariamente, o representante governamental apontou as agremiações como responsáveis "pelo acesso aos estádios, pelos sistemas de controle e circulação interna, pela verificação da identidade das pessoas", por isso, têm responsabilidade no que acontece com torcedores.
Sobre o confronto entre torcedores do River em uma lanchonete do estádio. Cerca de 100 "barrabravas", muitos deles armados, se enfrentaram.
O saldo foi de dois feridos, além de destruição de parte do patrimônio do clube.
O incidente é mais um entre a série de atos violentos ocorridos neste mês, em que quatro pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas.
O presidente do River, Rodolfo D'Onofrio, explicou a confusão no estádio, dizendo que sócios que estão suspensos é que estavam envolvidos.
O dirigente jogou a responsabilidade nas autoridades, que não pune os mais violentos.
"Eles estão nas ruas, em todos os lados. O que precisamos é que sejam presos em algum momento", disse o presidente do River, em entrevista a rádio "Mitre".
O Chefe de Gabinete do governo, cobrou que os dados de cada um dos envolvidos na briga seja identificado pelo clube, que deverá encaminhar as informações para as autoridades.
"Se imagina que em uma instituição esportiva, ninguém entre se não for sócio. Se é sócio, precisa ser identificado, com a autoridade competente do clube cobrando apresentação da carteira. Se houver denúncia, é possível fazer um julgamento e obter uma condenação", afirmou Capitanich.