Bill Clinton defendeu a gestão econômica de Barack Obama (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2012 às 15h30.
Washington, 23 set (EFE).- O ex-presidente americano Bill Clinton afirmou neste domingo que, perante a crise econômica de 2007, nenhum líder conseguiria restabelecer a economia 'magicamente' em apenas um mandato.
Durante uma entrevista a um programa da rede 'CBS', realizada na sede da Iniciativa Global Clinton em Nova York, o ex-líder saiu em defesa da gestão econômica de Barack Obama, que foi alvo de ataques de seu rival republicano na disputa pela presidência, Mitt Romney, e de líderes republicanos do Congresso.
Segundo Clinton, nenhum presidente dos Estados Unidos seria capaz de 'reajustar plenamente' a economia americana em apenas quatro anos. 'Por isso é que temos que seguir trabalhando nisso', disse o ex-líder.
De acordo com Bill Clinton, graças aos esforços de Obama, o quadro econômico melhorou, criando mais empregos do que o presidente antecessor, o republicano George W. Bush.
O ex-líder disse que em sua opinião, a proposta de Romney e dos republicanos para o governo não beneficiará a economia nacional. Por outro lado, disse Clinton, Obama oferece uma proposta equilibrada composta por um chamado aos investimentos, um aumento na renda e um plano para reduzir o gasto público, tendo mais chances de prosperidade.
O ex-presidente criticou a aparente opacidade de Romney na hora de divulgar sua declaração de impostos de 2011 na sexta-feira passada.
A declaração demonstra que Romney, cuja fortuna ronda US$ 250 milhões, pagou uma taxa impositiva de 14,1%. A maioria dos impostos pagos foram por conceito de lucro de capital, que têm uma taxa impositiva de 15%.
'Não acho que possamos sair deste buraco se o povo com esse nível de renda só paga 13% ou 14% em impostos', argumentou Clinton, ao vincular o pagamento de impostos de Romney ao debate nacional sobre como recuperar a economia.
Perguntado sobre a possibilidade de Obama conseguir se reeleger, Clinton considerou que o atual presidente está na frente, mas advertiu que Romney segue perto.
O ex-mandatário americano convidou os dois candidatos a participarem da conferência da Iniciativa Global Clinton, que será realizada em Nova York em paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas nesta semana. EFE