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Clinton e Lavrov mantêm conversa sobre a Síria

Conversa aconteceu após várias tentativas frustradas por parte de Hillary de falar com Lavrov e que foram justificadas por Moscou devido à viagem do ministro à Austrália

Hillary descartou ideia que se queira transformar a Síria em 'uma nova Líbia', que tachou de 'analogia falsa' (Jewel Samad/AFP)

Hillary descartou ideia que se queira transformar a Síria em 'uma nova Líbia', que tachou de 'analogia falsa' (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2012 às 20h25.

Washington - A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, manteve nesta sexta-feira uma conversa por telefone 'construtiva' com seu colega russo, Serguei Lavrov, acerca do debate no seio da ONU de uma possível resolução sobre a Síria.

'A secretária de Estado falou esta manhã com Lavrov. Ambos acertaram que suas equipes em Nova York seguiriam consultando sobre este projeto de resolução', disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, em sua entrevista coletiva diária.

Toner não quis entrar em detalhes sobre o conteúdo do diálogo, que aconteceu a partir do avião que levava Hillary de viagem a Munique (Alemanha), e se limitou a qualificá-la de 'construtiva'.

A conversa aconteceu após várias tentativas frustradas por parte de Hillary de falar com Lavrov e que foram justificadas por Moscou devido à viagem do ministro à Austrália.

Além disso, coincidiu com a rejeição da Rússia da último minuta de resolução do Conselho de Segurança da ONU, com o argumento de que não leva em conta todas suas preocupações e as de seus aliados sobre a situação na Síria.

Da Austrália, Lavrov assegurou que Moscou não permitirá nunca a adoção de uma resolução que abra caminho para uma intervenção militar na Síria e inclua um pedido de renúncia do presidente Bashar al Assad.

'A política russa não consiste em pedir a alguém que renuncie. As mudanças de regime não são nossa profissão', afirmou.

Moscou acusa os EUA de quererem aplicar na Síria o roteiro líbio: sanções internacionais, embargo aéreo, intervenção militar ocidental e mudança de regime.

Hillary descartou na terça-feira essa ideia que se queira transformar a Síria em 'uma nova Líbia', que tachou de 'analogia falsa'. 

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