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Clérigo radical Abu Hamza se declara inocente em Nova York

Abu Hamza Al-Masri é acusado de participar do sequestro de 16 turistas no Iêmen em 1998


	Julgamento do clérigo radical islâmico Abu Hamza, em Londres: o clérigo foi enviado aos Estados Unidos junto com outros quatro homens acusados de terrorismo
 (Getty Images)

Julgamento do clérigo radical islâmico Abu Hamza, em Londres: o clérigo foi enviado aos Estados Unidos junto com outros quatro homens acusados de terrorismo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 17h33.

Nova York - O clérigo islâmico radical Abu Hamza se declarou nesta terça-feira inocente das 11 acusações de terrorismo feitas em um tribunal federal de Nova York após ter sido extraditado no último fim de semana pelo Reino Unido para os Estados Unidos.

Abu Hamza Al-Masri é acusado de participar do sequestro de 16 turistas no Iêmen em 1998, apoiar a jihad (guerra santa) violenta no Afeganistão em 2001 e conspirar para criar um campo de treinamento de terroristas no Oregon (EUA).

A juíza Katherine Forrest estabeleceu para o dia 26 de agosto de 2013 o início do julgamento contra o clérigo, que foi enviado para os EUA na última sexta-feira depois que a Suprema Corte de Londres aceitou o pedido de extradição após oito anos de litígio.

O clérigo ficou famoso na Inglaterra pelas críticas contra o Ocidente feitas durante seus pronunciamentos na mesquita de Finsbury Park (norte de Londres), até que em maio de 2004 foi preso pela primeira vez pelas autoridades britânicas a pedido dos EUA.

Em 2006, foi condenado no Reino Unido a sete anos de prisão por crimes de terrorismo e incitação ao ódio. Ele nega as acusações americanas e garantiu que só é um porta-voz de causas políticas.

O clérigo foi enviado aos Estados Unidos junto com outros quatro homens acusados de terrorismo, Babar Ahmad, Syed Talha Ahsan, Adel Abdul Bary e Khaled al Fawwaz.

Os dois últimos se declararam inocentes das acusações e também compareceram hoje no tribunal federal nova-iorquino, e o julgamento ficou definido para outubro de 2013 pela suposta participação nos atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia em 1998, nos quais morreram 224 pessoas. 

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