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Civis fogem do norte do Iêmen após alerta de bombardeios

Aviões da coalizão lançaram panfletos avisando sobre os bombardeios "antes do entardecer" e pedindo que a população deixe Saada

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 11h54.

Sana - Dezenas de milhares de civis iemenitas estão fugindo da província de Saada, reduto dos houthis no norte do país, após a coalizão árabe lançar alertas que bombardeará a região nesta sexta-feira, informaram à Agência Efe várias testemunhas.

Os civis estão se dirigindo rumo ao sul, especialmente para a cidade de Amran, depois de os aviões da coalizão, liderada pela Arábia Saudita, lançarem panfletos avisando sobre os bombardeios "antes do entardecer" e pedindo que a população deixe Saada.

A emissora "Al Masira", sob controle dos rebeldes xiitas, denunciou hoje uma crise humanitária e garantiu que centenas de milhares de famílias não conseguirão fugir de Saada por causa da falta de meios de transporte e a escassez de combustível.

As testemunhas ouvidas pela Efe também citaram as dificuldades para alugar os poucos veículos disponíveis, já que estão sendo cobrados preços exorbitantes em função da crise.

As comunicações telefônicas estão totalmente cortadas em toda a província, como pode comprovar a Efe, o que agrava ainda mais o isolamento de Saada.

A "Al Masira" informou que pelo menos nove civis de uma mesma família, entre eles mulheres e crianças, morreram hoje após um ataque aéreo contra uma casa na região de Baqil al Merr, na província de Hasha, vizinha à Saada.

A Arábia Saudita, que tinha se comprometido ontem a um cessar-fogo de cinco dias, anunciou horas mais tarde o início de uma nova operação militar no país contra os houthis, que executaram ataques contra as províncias sauditas de Nashran e Yazan, ambas na fronteira com o Iêmen.

Serão alvos da coalizão as províncias de Saada e Erram, já que "os autores desses ataques se refugiam nesses locais", afirmou o porta-voz do grupo, Ahmed Asiri.

A situação humanitária no Iêmen, por si só já complicada, está sendo agravada pelos ataques aéreos da coalizão, assim como pelas dificuldades das organizações internacionais de levar ajuda à população no país.

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