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Cineasta retorna ao Irã após dois meses preso nos EUA

Agentes do FBI o acusaram de ter "obtido" documentos da Força Aérea americana sobre a venda de equipamentos à Força Aérea iraniana durante o reinado do Xá

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2010 às 17h59.

Teerã - Um cineasta iraniano, que chegou neste sábado (31) ao Irã depois de ter passado cerca de dois meses em prisões americanas, denunciou as pressões exercidas pelo FBI, segundo o site da televisão estatal.

Hossein Dehbashi, de 38 anos, foi preso no dia 6 de junho oficialmente por ter falsificado uma carta do diretor de comunicações das Nações Unidas apoiando o seu pedido de imigração para os Estados Unidos, indica o site.

"As Nações Unidas e as pessoas em questão não confirmaram as acusações do FBI. Por isso estou aqui hoje", declarou Dehbashi, explicando os motivos de sua libertação.

Dehbashi viajou em maio de 2006 para os Estados Unidos para gravar um documentário sobre as Nações Unidas. Em fevereiro de 2007, ele solicitou o visto de residência permanente nesse país.

Durante os quatro anos passados nos Estados Unidos, ele trabalhou para a rede de televisão iraniana em inglês Press-TV, principalmente em um documentário encomendado pela Biblioteca Nacional do Irã sobre o período do antigo governo imperial.

Segundo ele, os agentes do FBI o acusaram de ter "obtido" documentos da Força Aérea americana sobre a venda de equipamentos à Força Aérea iraniana durante o reinado do Xá.

"Durante os dois últimos anos, minha casa foi revistada diversas vezes, fui interrogado regularmente pelos agentes do FBI e tinha a sensação de que a pressão aumentava sobre mim", acrescentou, afirmando ter sido colocado "em uma prisão de segurança máxima" do FBI em Baltimore, Maryland.

Dehbashi também afirmou que tinha sido obrigado a optar entre solicitar "asilo político ou ser condenado a dez anos de prisão" por falsificação de documentos.
 

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