Michael Moore disse que as pessoas "não escutarão muitas coisas boas sobre ele na imprensa americana durante os próximos dias", então pensou em "equilibrar um pouco a balança" (AFP/Emmanuel Dunand)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2013 às 18h07.
Los Angeles - O cineasta americano Michael Moore, vencedor do Oscar de melhor documentário em 2003 por "Tiros em Columbine", não duvidou em glorificar a figura do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, falecido ontem, como um líder dos pobres.
"Hugo Chávez declarou que o petróleo pertencia ao povo. Usou os dólares obtidos para eliminar 75% da pobreza extrema (do país) e fornecer um sistema sanitário e educação de graça para todos. Isso o tornou perigoso. Os Estados Unidos aprovaram um golpe de Estado para derrubá-lo apesar de ter sido eleito democraticamente", declarou o diretor através de sua conta oficial no Twitter.
"Antes que nos encorajassem a lançar-nos à Guerra do Iraque, os meios de comunicação americanos estavam ocupados apoiando a deposição de Chávez. Um total de 54 países permitiu aos Estados Unidos deter (e torturar) suspeitos. A América Latina, graças a Chávez, foi o único lugar que disse não", acrescentou o diretor.
Moore lembrou que conheceu Chávez durante o Festival de Cinema de Veneza, quando lhe informaram que o dirigente estava hospedado no mesmo hotel que ele.
"Conversamos durante mais de uma hora. Disse que se alegrava de finalmente conhecer alguém a quem (George W.) Bush odiava mais que ele", afirmou.
O cineasta comentou que decidiu lembrar a figura de Chávez porque as pessoas "não escutarão muitas coisas boas sobre ele na imprensa americana durante os próximos dias".
"Pensei em dizer algumas coisas para equilibrar um pouco a balança", concluiu.