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Cinco morrem por desnutrição em Madaya, diz ONU

Para sobreviver, outras dezenas de pessoas necessitam de cuidados médicos especializados imediatos fora de Madaya


	Sírios à beira da morte por inanição na cidade de Mandaya, na Síria
 (Syrian Observatory For Human Rights)

Sírios à beira da morte por inanição na cidade de Mandaya, na Síria (Syrian Observatory For Human Rights)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 12h33.

Genebra - Cinco pessoas morreram de fome na última semana na cidade síria de Madaya, onde um único biscoito é vendido a 13 dólares e um quilo de leite em pó para bebês custa 313 dólares, apesar de duas entregas de suprimentos de ajuda humanitária na cidade sitiada, diz um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

Trabalhadores humanitários locais relataram 32 mortes pela fome no mês passado, e na semana passada dois comboios de suprimentos de ajuda humanitária foram entregues às 42.000 pessoas que vivem sob um bloqueio que já dura meses.

Para sobreviver, outras dezenas de pessoas necessitam de cuidados médicos especializados imediatos fora de Madaya, mas os voluntários da ONU e do Crescente Vermelho Árabe Sírio conseguiram retirar apenas 10 pessoas da cidade, segundo o relatório.

“Desde 11 de janeiro, apesar da assistência providenciada, tivemos o registro de 5 mortes por uma severa desnutrição aguda em Madaya”, disse o relatório humanitário da ONU, publicado na noite de domingo.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse na quinta-feira que as partes conflitantes na Síria, particularmente o governo do presidente Bashar al-Assad, estavam cometendo “atos abomináveis” e condenou o uso da desnutrição como uma arma de guerra no conflito que completa cinco anos.

A ONU diz que há cerca de 450 mil pessoas encurraladas em cerca de 15 cercos em toda a Síria, inclusive em áreas controladas pelo governo, por militantes do Estado Islâmico e outros grupos insurgentes.

A ONU fez sete pedidos em 2015 para levar um comboio de ajuda humanitária para a cidade, e obteve permissão para entregar ajuda para 20 mil pessoas em outubro, de acordo com o relatório.

Após vários outros pedidos, o governo sírio permitiu um comboio de ajuda humanitária em 11 de janeiro e outro em 14 de janeiro.

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