Destruição na cidade de Sendai, capital da província de Miyagi, a mais atingida pelo terremoto de sexta-feira. (Kiyoshi Ota/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2011 às 17h46.
Sendai - Desde o terremoto, a cidade japonesa de Sendai está dominada por helicópteros que buscam sobreviventes da tragédia, enquanto seus habitantes tentam se manter com as últimas reservas de alimentos e combustível.
Apesar de a maioria dos edifícios permanecer de pé, a cidade está paralisada, com seus estabelecimentos comerciais fechados e várias áreas sem eletricidade.
Nos poucos supermercados que abriram no domingo, dezenas de pessoas formavam longas filas para comprar alimentos, enquanto os motoristas esperavam por horas nos postos de gasolina para conseguir abastecer.
Em uma galeria em frente à estação de Sendai, grupos de jovens ofereciam carregadores de celular para quem precisasse.
Um salão próximo à estação oferecia café quente e banhos gratuitos, enquanto alguns cidadãos pediam cerca de mil ienes (quase nove euros) por dois pacotes de macarrão instantâneo.
A área litorânea de Sendai e as cidades vizinhas estão tomadas por Forças de Autodefesa, policiais e equipes de resgate, que buscam as pessoas que ficaram desaparecidas após o terremoto e o tsnunami que atingiram o país.
O aeroporto de Sendai, destruído pelo tsunami, continua alagado, com edifícios invadidos pelo lodo e carros amontoados.
Uma testemunha explicou à Agência Efe como o tsunami destruiu edifícios de escritórios como o da empresa Caterpillar, que no momento do terremoto estava repleto de trabalhadores.
Pouco mais ao sul, a pequena cidade de Natori tenta recuperar a normalidade com a circulação dos primeiros ônibus públicos, apesar da enorme quantidade de casas danificadas, muitas delas derrubadas pelo terremoto ou pelo tsunami.
Muitos japoneses passam a noite deste domingo (horário local) em albergues ou abrigos improvisados.
Em outras regiões, os próprios cidadãos tentam organizar o trânsito e advertir aos motoristas sobre os riscos de deslizamentos de terra, as fendas na estrada e pontes derrubadas.
Por enquanto, a Polícia tenta controlar os acessos à costa oriental de Ibaraki, Fukushima e Miyagi para facilitar o trabalho das equipes de resgate.
No litoral de Fukushima, o Exército se mobilizou com helicópteros. A maioria da casas da região está destruída, enquanto carros continuam largados pelas ruas, da forma como foram deixados durante o terremoto.
Por enquanto, grande parte do nordeste japonês segue imerso na penumbra, com as portas de edifícios fechadas à espera de que o país consiga voltar à normalidade.