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Da Redação
Publicado em 17 de março de 2011 às 10h12.
Washington - O conselho municipal da cidade de Oakland, no estado americano da Califórnia, aprovou um plano que permitirá o cultivo em grande escala de maconha e sua comercialização.
A medida foi aprovada ontem por cinco votos a dois, com uma abstenção, permitirá a produção, o processamento e o empacotamento da maconha.
A decisão foi adotada após um longo debate no qual representantes dos pequenos produtores reclamaram que iriam ficar afastados do negócio.
Segundo a edição de hoje do diário "The San Francisco Chronicle" os vereadores de Oakland levaram em conta os temores dos pequenos produtores de maconha e prometeram que estabelecerão regras mais específicas para as pequenas e médias plantações até o final o ano.
O Governo dos Estados Unidos calcula que a produção de maconha no país cresceu de quase mil toneladas em 1981 para perto de dez mil toneladas em 2006.
O site "Drugscience.org", que promove a reforma das leis federais americanas sobre a maconha, diz que a produção nacional da erva vale US$ 35,8 bilhões, ou seja, mais que as colheitas combinadas de milho e trigo.
Os membros do conselho municipal de Oakland e os promotores da regulação dos cultivos de maconha consideram que a melhor política é uma legalização que gerará arrecadações para o Governo e que garantirá o cumprimento dos códigos sobre segurança de edifícios, incêndios e normas trabalhistas.
"É importante que Oakland seja uma parte vital do crescimento e do desenvolvimento de estabelecimentos que operam com licença", disse a vereadora Rebecca Kaplan.
Quem está há mais tempo no negócio acham que os cultivos em grande escala aumentarão os custos e deteriorarão a qualidade da maconha que os eleitores da Califórnia definiram em 1996 como uma planta medicinal.
O crítico mais influente das novas normas foi Steve DeAngelo, proprietário do centro de saúde Harborside, em Oakland, local de maior uso de maconha para fins médicos nos EUA.
A clínica compra maconha de 500 produtores diferentes e, por isso, oferece ao redor de 100 variedades. DeAngelo opina que as permissões e regulamentações levarão a operações de grande escala que reduzirão as variedades.