O comandante das Farc Iván Márquez anuncia o fim do cessar-fogo, em 20 de janeiro de 2013 (©afp.com / adalberto roque)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 20h03.
Bogotá - O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Peter Maurer, confirmou nesta quinta-feira que "não será possível materializar" a primeira fase de libertações de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), aparentemente de dois policiais, por razões que não especificou.
Em entrevista coletiva ao finalizar sua primeira visita à Colômbia, Maurer lamentou em Bogotá não poder dar "boas notícias" e ratificou o compromisso do organismo humanitário para que os uniformizados recuperem a liberdade o mais rápido possível.
Pouco antes e em uma área remota de Valle del Cauca, onde ia auxiliar a libertação dos policiais Cristian Camilo Iate e Víctor Alfonso González, a ex-senadora e líder do coletivo Colombianas e Colombianos pela Paz, Piedad Córdoba, deixou claro que a operação foi frustrada pela presença em massa de jornalistas na região.
"Presença da imprensa dificulta missão humanitária. As Farc decidem adiar a entrega de policiais", escreveu Piedad no Twitter.
Ambos agentes das forças de segurança estão sequestrados desde o último dia 25 de janeiro, quando foram aprisionados pelas Farc nessa mesma área do sudoeste colombiano.
Os inconvenientes surgiram quando os dois veículos que transportavam a delegação do coletivo, que partiu esta manhã da cidade de Cali, foram seguidos por jornalistas e chegaram a um ponto no qual havia mais imprensa concentrada.