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Ciclone deixa 18 mortos e milhares de afetados em Somália e Djibuti

Na Somália, 1,7 mil famílias foram deslocadas e em Djibuti cerca de 20 mil foram afetadas depois do ciclone tropical "Sagar"

Somália: É a maior tempestade que impactou na região em anos, afirmou o diretor regional do NRC (Feisal Omar/Reuters)

Somália: É a maior tempestade que impactou na região em anos, afirmou o diretor regional do NRC (Feisal Omar/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de maio de 2018 às 15h57.

Nairóbi - Pelo menos 16 pessoas morreram na Somália e outras duas no Djibuti devido à chegada de um ciclone a esses países do Chifre da África, com dezenas de milhares de afetados, informaram nesta segunda-feira a ONU e o Conselho Norueguês de Refugiados (NRC).

O ciclone tropical "Sagar", formado no golfo de Aden, que separa o Iêmen da Somália, tocou terra neste último país na sexta-feira e avançou depois para o Djibuti, provocando fortes chuvas, ventos e inundações repentinas em áreas litorâneas somalis.

No Djibuti duas pessoas morreram, segundo o NRC, e entre 20.000 e 30.000 se viram afetadas na capital e no subúrbio de Balbala, as áreas mais danificadas, de acordo com estimativas do Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

A maioria das escolas e das estradas foi atingida pelas inundações causadas pela passagem de "Sagar" e vários bairros da capital seguem alagados.

Na Somália, na região autodeclarada independente de Somalilândia, nas zonas litorâneas de Galbeed e Alwal, o ciclone, que provocou deslizamentos de terras, matou 16 pessoas, de acordo com o OCHA.

Além disso, nessa região, 1.780 famílias foram deslocadas e há informações de que 40 pescadores encontravam-se no mar antes que se anunciasse a chegada do ciclone.

Na semiautônoma região de Puntlândia se informou da destruição de propriedades e infraestruturas e a queda de fortes chuvas em campos de deslocados internos.

"É a maior tempestade que impactou na região em anos", afirmou o diretor regional do NRC, Nigel Tricks.

As fortes chuvas e enchentes estão impedindo os trabalhadores humanitários de chegar a áreas afetadas pelo ciclone para avaliar os danos e oferecer assistência, indicou o OCHA.

Por outra parte, em Somalilândia e Puntlândia, as duas regiões somalis mais afetadas, na semana passada morreram 33 soldados e 65 ficaram feridos em confrontos entre as suas tropas.

Somalilândia e Puntlândia estão há mais de dez anos enfrentadas pela disputada região de Sool, uma faixa no norte da Somália.

Este confronto anterior à passagem do ciclone provocou o deslocamento de cerca de 10.000 pessoas, deixando "um panorama humanitário complexo", alertou o OCHA.

A Somália, além disso, vive uma temporada de chuvas muito fortes, após vários anos de seca, que afetou, até o momento, 700.000 pessoas que necessitam de assistência humanitária, segundo o organismo da ONU.

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