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Ciberataques russos tentaram alterar dados de eleitores nos EUA

Invasões eram tão frequentes e sofisticadas que fizeram com que a Casa Branca entrasse em contato com o Kremlin para reclamar, revela Bloomberg

Eleitores em Chicago, Illinois: ataques ao sistema desse estado tentaram apagar e alterar dados de eleitores, diz Bloomberg (Scott Olson / Staff/Getty Images)

Eleitores em Chicago, Illinois: ataques ao sistema desse estado tentaram apagar e alterar dados de eleitores, diz Bloomberg (Scott Olson / Staff/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 13 de junho de 2017 às 12h17.

Última atualização em 13 de junho de 2017 às 12h18.

São Paulo – Ciberataques russos ao sistema eleitoral dos Estados Unidos eram mais difundidos do que se imaginava. Em alguns incidentes, invasores tentaram alterar, e até apagar, dados de eleitores americanos e conseguiram acessar bancos de dados e softwares em mais duas vezes mais estados do que divulgado anteriormente.

As revelações foram divulgadas nesta manhã, em uma reportagem do site da revista Bloomberg que ouviu três fontes envolvidas nas investigações sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial americana de 2016, a qual consagrou o republicano Donald Trump como presidente.

Ao todo, mostra a reportagem, invasores ligados à Rússia atacaram os sistemas em 39 dos 50 estados americanos. A ação que visava modificar e apagar dados de eleitores aconteceu no em Illinois. A onda de ataques aconteceu entre os meses de junho e setembro, momentos críticos do pleito eleitoral, reta final da disputa entre Trump e sua rival democrata, Hillary Clinton.

Ainda de acordo com a Bloomberg, os ataques eram tão frequentes, sofisticados e tinham um foco tão claro que fizeram com que a administração do então presidente, Barack Obama, tomasse uma atitude inédita. Em outubro do ano passado, a Casa Branca contatou o Kremlin para reclamar, oferecendo documentos que mostravam o que estava acontecendo e alertando dos riscos de as invasões desencadearem “um conflito mais amplo”.

As revelações trazidas pela reportagem vêm em um momento crucial para Trump e delicado para a Rússia. De um lado, o presidente americano enfrenta acusações de que teria demitido o ex-diretor do FBI, James Comey, por conta das investigações sobre a relação de sua campanha com o governo russo. Do outro, o Senado americano está preparando um novo pacote de sanções ao país motivado por sua suposta interferência nas eleições de 2016.

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