Homem tem a temperatura aferida em termômetro digital por prevenção contra o vírus ebola no aeroporto internacional de Abuja, na Nigéria (Afolabi Sotunde/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 16h54.
Diversas grandes empresas aéreas dos Estados Unidos afirmaram nesta quarta-feira que estão em contato próximo com funcionários federais norte-americanos do setor de saúde sobre preocupações com viagens relacionadas ao ebola, após um viajante infectado com o vírus mortal ser diagnosticado no país.
O paciente, hospitalizado em Dallas, voou da Libéria por Bruxelas até o Texas, segundo o ministro de informações da Libéria.
Funcionários de saúde dos EUA afirmaram que não deve haver risco a passageiros que o acompanharam, uma vez que o paciente começou a exibir os sintomas apenas após sua chegada.
Mas as ações das principais companhias aéreas dos EUA chegaram a cair quase 4 por cento nesta quarta-feira com temores de que o pior surto conhecido de ebola além da África Ocidental possa deixar consumidores com receio de viajar.
"As pessoas estão nervosas sobre (o primeiro caso de ebola detectado nos Estados Unidos) e o que isso significa", disse Michael Derchin, analista da CRT Capital Group.
Ainda assim, Derchin disse que o mercado reagia exageradamente.
"Eu ficaria surpreso se houver qualquer impacto nas viagens", disse.
A JetBlue Airways e a American Airlines disseram que estão seguindo de perto recomendações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).
A Airlines for America, grupo que representa o setor, também está coordenando com o CDC quaisquer medidas do governo relacionadas às preocupações sobre o ebola, disse o porta-voz da JetBlue Morgan Johnston.
"Seguimos as recomendações (colocadas) em vigor pelo CDC especificamente para companhias aéreas, e trabalhamos com nossas equipes para proteger a saúde de nossos clientes e funcionários", disse o porta-voz da American Airlines Josh Freed.
O CDC está trabalhando com agentes alfandegários e de proteção de fronteiras dos EUA para identificar potenciais vítimas e alertar outros viajantes da ameaça à saúde.