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CIA deve liberar relatório com informações sobre tortura

Liberação das quase 500 páginas de um relatório de 6.300 páginas é apoiada pelo presidente Barack Obama


	Homem caminha em frente à sede da Agência de Inteligência americana, a CIA: texto contém descrições de métodos interrogatórios excessivamente cruéis e ineficientes
 (Saul Loeb/AFP)

Homem caminha em frente à sede da Agência de Inteligência americana, a CIA: texto contém descrições de métodos interrogatórios excessivamente cruéis e ineficientes (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 23h49.

Washington - O Comitê de Inteligência do Senado votou a favor da divulgação de partes de um relatório secreto que critica duramente as interrogações da CIA após 11 de setembro de 2011.

A liberação das quase 500 páginas de um relatório de 6.300 páginas é apoiada pelo presidente Barack Obama. O texto contém descrições de métodos interrogatórios excessivamente cruéis e ineficientes, que não ajudaram a produzir evidências importantes na caça por Osama bin Laden, segundo o comitê do senado. O relatório foi produzido exclusivamente por democratas.

Como resultado da votação, a CIA começará a revisar o conteúdo do relatório para identificar passagens que possam comprometer a segurança nacional. Isso tem gerado desconfiança por parte dos investigadores do Senado de que a organização poderá alterar elementos importantes sobre como os suspeitos de pertencerem à Al-Qaeda foram tratados em prisões da CIA.

"O objetivo dessa revisão era revelar os fatos por trás do programa secreto e os resultados, eu acho, foram chocantes", disse a senadora Dianne Feinstein. "O relatório expõe uma brutalidade que se impõe em forte contraste aos nossos valores como uma nação. Ele narra uma mancha na nossa história que nunca deve ser permitida que aconteça novamente", disse.

O principal senador republicano no comitê, Saxby Chambliss, disse que o relatório era uma perda de tempo, mas votou a favor pela liberação ao afirmar que "esse é um capítulo do nosso passado que já devíamos ter fechado".

Já membros de organizações de inteligência criticaram a investigação por não incluir entrevistas de funcionários seniores que autorizaram ou supervisionaram as interrogações. "Nem eu ou alguma outra pessoa na agência que possuía conhecimento foi entrevistada. Eles não querem ouvir a narrativa de mais ninguém. É uma tentativa de reescrever a história", disse José Rodriguez, chefe de um escritório clandestino da CIA em meados dos anos 2000.

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