Mulher atravessa área alagada no estado de Bihar na Índia em 22 de agosto de 2017. (Cathal McNaughton/Reuters)
Vanessa Barbosa
Publicado em 29 de agosto de 2017 às 18h58.
São Paulo - Mais de 1200 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas de monções que castigam a Índia, Nepal e Bangladesh.
Estima-se que 400 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pelas inundações e deslizamentos de terra resultantes do fenômeno, que costuma durar de junho a setembro.
Metade das vítimas são da Índia, onde centenas de vilarejos foram arrasados pelas enchentes. Equipes de resgate nacionais e internacionais se empenham para auxiliar os sobreviventes.
A alta dos níveis dos rios afetou várias infraestruturas importantes, como estradas, rede elétrica e serviços de abastecimento de água, e isolou muitas áreas, dificultando a chegada de alimentos, remédios e socorro.
Segundo as Nações Unidas, as chuvas de monções deste ano são as piores em uma década no Sul da Ásia.
Nesta terça-feira, Mumbai, capital financeira da Índia, simplesmente parou. Em menos de 12 horas, choveu o o equivalente a 11 dias de precipitações consecutivas.
País baixo e densamente povoado, Bangladesh sofre cronicamente com inundações. Mas as chuvas deste ano deixaram mais de um terço de seu território submerso, segundo o The New York Times.
No Nepal, pelo menos um milhão de casas foram destruídas pelas enxurradas, que afetaram estradas, pontes e invadiram escolas e hospitais.
A catástrofe no Sul da Ásia se desenrola ao mesmo tempo em que os Estados Unidos enfrentam uma das piores enchentes em mais de 50 anos, que castigam principalmente o estado do Texas.
Segundo os cientistas, eventos climáticos cada vez mais extremos e frequentes, como furacões e enchentes históricas, são sintomas das mudanças climáticas em um mundo em aquecimento.