Manifestantes em rua do Cairo, no Egito: choques de hoje começaram depois que os islamitas saíram às ruas após a oração muçulmana do meio-dia para protestar contra operação policial da quarta-feira contra dois de seus acampamentos (Louafi Larbi /Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2013 às 15h10.
Cairo - Mais de 50 pessoas morreram nesta sexta-feira nos choques entre partidários e opositores do deposto presidente egípcio Mohammed Mursi no bairro de Ramsés, no centro do Cairo, informa a Irmandade Muçulmana.
O grupo divulgou em seu site que há mais de 50 corpos nas mesquitas de Al Fattouh e de Tauhid, nesse distrito, número ainda não confirmado pelo governo do Egito.
A confraria islâmica, grupo que Mursi integrou até que chegar à presidência, explicou que três helicópteros dispararam balas e gás lacrimogêneo contra os manifestantes em Ramsés.
Uma fonte dos serviços de segurança disse à Agência Efe que pelo menos dez pessoas morreram e dezenas ficaram feridas por disparos contra uma delegacia perto desse bairro.
A fonte responsabilizou membros da Irmandade Muçulmana do ataque contra a delegacia de Ezbeqiya, uma das principais da capital.
Os choques de hoje em várias partes do país começaram depois que os islamitas saíram às ruas após a oração muçulmana do meio-dia da sexta-feira para protestar contra operação policial da quarta-feira contra dois de seus acampamentos no Cairo, que descambou em distúrbios com quase 600 mortos, segundo o governo.