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China veta trégua em Aleppo alegando que não resolveria problemas

A China e a Rússia vetaram a proposta de trégua humanitária apresentada pelo Conselho de Segurança da ONU

Síria: o projeto de resolução foi negociado durante semanas (Abdalrhman Ismail/Reuters)

Síria: o projeto de resolução foi negociado durante semanas (Abdalrhman Ismail/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 10h03.

Pequim - A China apoiou a Rússia no veto à proposta de resolução no Conselho de Segurança da ONU para estabelecer uma trégua humanitária de sete dias em Aleppo, no norte da Síria, por acreditar que a solução não resolveria os problemas na região, indicou nesta quarta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Lu Kang.

"A China apoia que o povo sírio escolha independentemente o futuro de sua nação e se opõe às interferências de outros países. A comunidade internacional deveria trabalhar unida para atenuar a situação humanitária, mas nos opomos que ela seja politizada", ressaltou o porta-voz em entrevista coletiva.

"Continuaremos desempenhando um papel positivo no processo e focaremos nossos esforços em acalmar as tensões e trabalhar no pronto reatamento das negociações de paz entre as partes na Síria", completou o representante da diplomacia chinesa.

Lu reforçou as palavras do embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, que considerou que alguns países estavam tentando forçar uma minuta que não contava com apoio pactuado.

Além disso, ele respondeu às acusações feitas pelo representante do Reino Unido no Conselho de Segurança, Matthew Rycroft, que criticou a China por ter apoiado o veto do Kremlin à proposta de resolução.

A iniciativa, promovida por Espanha, Egito e Nova Zelândia, recebeu 11 votos a favor e uma abstenção. Rússia, China, ambas com poder de veto, e Venezuela votaram contra a proposta.

O projeto de resolução foi negociado durante semanas e buscava a cessação imediata das hostilidades em Aleppo por um período inicial de sete dias, que poderiam ser renovados posteriormente.

Segundo os três países que defendiam a proposta, ela foi elaborada com um caráter humanitário e não entrava em assuntos políticos para evitar a divisão no Conselho de Segurança.

No entanto, a Rússia alegou que esse tipo de trégua foi usada no passado pelos grupos terroristas sírios para reforçar suas posições e deixou claro desde o início que não a via com bons olhos.

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