World Health Expo: feira para exibição de equipamentos e investidores em tecnologias médicas (Paul Yeung/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2021 às 07h03.
Última atualização em 9 de abril de 2021 às 20h04.
As autoridades da China estão dispostas a fazer de tudo para mostrar que o país é um exemplo no combate à pandemia da covid-19 — apesar de o país ter sido o primeiro epicentro do vírus. No rol de medidas está, inclusive, sediar exposições sobre tecnologias no campo da saúde.
Nesta sexta-feira, termina a terceira edição da "World Health Expo" (Exposição Mundial de Saúde, numa tradução livre ao português), uma feira para exibição de equipamentos e investidores em tecnologias médicas. A sede da exposição é Wuhan, cidade na província de Hebei, no centro do país, onde o vírus foi detectado em massa pela primeira vez, em dezembro de 2019.
Depois de ser a pioneira no mundo em impor um regime de lockdown aos seus cidadãos para impedir a circulação do vírus, Wuhan atualmente vive uma vida normal. Tanto é que a feira de saúde está sendo realizada presencialmente num centro de exposições da cidade.
O evento realça os esforços do governo de Pequim para expandir os cuidados de saúde e mostrar ao mundo que o país é uma liderança no setor, diz um texto do Foreign Brief, consultoria dedicada a mapear riscos geopolíticos no mundo.
Organizada diretamente pelo Partido Comunista da China, que dá as cartas no poder na China, a exposição deve mostrar os esforços do país para expandir o acesso à saúde primária - um dos fatores-chave para o país ter conseguido controlar tão bem a pandemia -, além de exibir novidades dos centros de tecnologia dedicados a inovações como automação e robótica no campo da saúde.
O momento em que ocorre a feira é oportuno: as autoridades da China estão correndo para acelerar a vacinação da população e, assim, superar o ritmo visto nos Estados Unidos, que já tem conseguido imunizar até 4 milhões de pessoas por dia. A meta dos chineses é ter ao menos 40% da população imunizada até junho, o que daria algo como 5 milhões de pessoas por dia, segundo o jornalista Lourival Sant'anna, especializado na cobertura de assuntos internacionais.