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China usou contas no Twitter para causar discórdia em Hong Kong

A rede social informou que suspendeu 986 contas que estariam em uma operação comandada pelo estado chinês para afetar legitimidade dos manifestantes

Hong Kong: manifestantes protestam pela democracia (Aly Song/Reuters)

Hong Kong: manifestantes protestam pela democracia (Aly Song/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de agosto de 2019 às 17h54.

Autoridades chinesas usaram cerca de mil contas no Twitter, e, em menor medida, páginas no Facebook para desacreditar e dividir os manifestantes pró-democracia em Hong Kong, afirmaram as duas redes sociais nesta segunda-feira, 19.

O Twitter suspendeu 986 contas que "estão coordenadas no marco de uma operação respaldada pelo Estado" chinês para "minar a legitimidade e as posições políticas" dos manifestantes, afirmou o Twitter em uma publicação.

"Identificamos amplos conjuntos de contas que se comportavam de forma coordenada a fim de amplificar as mensagens sobre as manifestações em Hong Kong", destacou o grupo com sede na Califórnia, nos Estados Unidos.

O Facebook anunciou a supressão, pelos mesmos motivos, de sete páginas e três grupos, também "vinculados a indivíduos associados ao governo de Pequim".

O Twitter lembrou que seu serviço é proibido pelo governo da China continental, cujos agentes, paradoxalmente, precisaram recorrer a um VPN (uma rede virtual que permite contornar as restrições para operar em uma determinada área geográfica). Outros agentes usaram endereços IP desbloqueados para essa finalidade.

A rede social afirma ter suspendido um total de 200.000 contas antes de se tornarem realmente ativas.

O Facebook, que também é proibido na China continental, disse que cerca de 15.500 contas estavam seguindo uma ou mais das páginas que acabaram de ser deletadas de sua plataforma.

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