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China triplicará seu arsenal nuclear até 2035, segundo EUA

O Pentágono destacou as melhorias nas forças nucleares e convencionais da China, identificada por Washington como o seu principal desafio

Mísseis balísticos intercontinentais DF-41 com capacidade nuclear da China vistos durante parada militar em Pequim, em 1º de outubro de 2019 (AFP/AFP Photo)

Mísseis balísticos intercontinentais DF-41 com capacidade nuclear da China vistos durante parada militar em Pequim, em 1º de outubro de 2019 (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 29 de novembro de 2022 às 18h04.

A China vai triplicar seu arsenal nuclear até alcançar o número de 1.500 ogivas em 2035, segundo uma estimativa do Departamento de Defesa dos Estados Unidos em um relatório publicado nesta terça-feira, 29, no qual também se destaca a crescente sofisticação da força aérea do gigante asiático.

O Pentágono destacou as melhorias nas forças nucleares e convencionais da China, identificada por Washington como o seu principal desafio.

"O Departamento de Defesa estima que o arsenal de ogivas nucleares operacionais [da China] já superou as 400", diz o relatório. "Se a China continuar o ritmo de sua expansão nuclear, é provável que conte com um arsenal de aproximadamente 1.500 ogivas" para 2035, ressaltou.

Este número continuaria muito abaixo das ogivas disponíveis por parte de Estados Unidos e Rússia, que contam com milhares de bombas nucleares cada um.

A China também trabalha na modernização de seus mísseis balísticos capazes de transportar armas nucleares. Em 2021, o país fez 135 lançamentos de teste, "mais que todo o resto do mundo junto", excluindo os disparados em conflitos, diz o relatório.

Além disso, a Força Aérea de Pequim está avançando, "chegando rapidamente à altura das forças aéreas ocidentais", advertiu o Pentágono.

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"Adotando ações mais coercitivas e agressivas"

O documento também destaca a forma na qual a China está utilizando o seu exército na região do Indo-Pacífico: "Adotando ações mais coercitivas e agressivas".

Este é especialmente o caso envolvendo Taiwan, a ilha com governo autônomo que Pequim considera uma província rebelde e que reivindica como parte de seu território.

Em agosto, uma visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, enfureceu a China, que reagiu com as maiores e mais agressivas manobras em torno da ilha desde a década de 1990.

Desde então, ambas as partes tentaram reduzir a tensão. Antes da publicação do relatório, um funcionário do alto escalão do Pentágono havia afirmado que, embora a atividade militar chinesa em torno de Taiwan tivesse diminuído desde esse episódio, ela continua sendo maior do que antes.

Pequim está "estabelecendo uma espécie de nova normalidade em relação ao nível de atividade militar em torno de Taiwan após a visita" de Pelosi, disse o funcionário.

"Embora não vejamos uma invasão iminente, é óbvio que esse nível elevado de atividade intimidatória e coercitiva em torno de Taiwan é motivo de preocupação", acrescentou.

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