Mundo

China tenta retomar conversas nucleares com Coreia do Norte

Plano de Pequim para retomar as negociações nucleares sobre a Coreia do Norte incluem seis países e está paralisado

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2010 às 12h10.

Pequim e Seul - A China está pressionando seus vizinhos a assinar um plano para novas conversas com a Coreia do Norte sobre o programa nuclear do país, cujo líder, Kim Jong-il, está visitando a China em meio a palavras conciliatórias e ameaças de uma "guerra santa."

Os detalhes do plano de Pequim para retomar as negociações nucleares sobre a Coreia do Norte, que estão paralisadas e incluem seis países, vieram de uma fonte diplomática sul-coreana, que falou sobre o tema neste sábado após ter conversado com Wu Dawei, maior autoridade chinesa no assunto.

Mas a fonte, assim como uma autoridade japonesa que falou sobre o tema em Pequim, disse que grandes obstáculos ainda permanecem, mesmo com a viagem fechada de Kim Jong-il à China rendendo outra promessa na boa vontade da Coreia do Norte de sentar e discutir um acordo para acabar com suas armas nucleares em troca de ajuda.

"Não queremos retomar as conversas com as seis partes por conta das conversas", disse uma fonte diplomática sul-coreana. "A Coreia do Norte deveria mudar sua atitude e mostrar seriedade na desnuclearização."

A pressão regional da China e o flerte com Kim Jong-il realçam as pressões que a Coreia do Norte --isolada, pobre e com um arsenal de primitivas bombas atômicas-- trouxe para o Nordeste asiático, onde ficam a segunda e a terceira maiores economias do mundo e que tem grande presença militar norte-americana.

Kim Jong-il, de 68 anos, e seu filho e aparente herdeiro, Kim Jong-un, estavam na China para visitar a escola do pai do líder e fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, disse à Reuters uma fonte com conhecimento da viagem.

"Confie em mim, é 100 por cento que os dois estão lá", afirmou a fonte, negando-se a dar detalhes.

Kim Il-sung foi aluno do colégio Yu Wen, na cidade de Jilin, no nordeste da China, na década de 1920. A escola abriga um memorial a Kim, que não é aberto ao público. O museu foi renovado recentemente, antes de uma visita de um grupo de dignitários norte-coreanos, disse uma segunda fonte.

As aulas foram suspensas na quinta-feira em meio ao forte esquema de segurança, e um coral da escola cantou para os dignitários, disse uma das fontes, sem saber se Kim e seu filho estavam entre os convidados.

"Elas cantaram 'A música do General Kim Il-sung' em chinês e em coreano. É a música da escola", disse a segunda fonte.

Não houve aparições conclusivas de Kim Jong-il na China. O líder mostrou estar frágil e magro desde quando notícias de um derrame surgiram em 2008.

Nenhuma das fontes quis ser identificada devido à delicadeza política da viagem. Ambos os países não dão muitas informações sobre as viagens do líder, apenas depois de ele já estar a caminho de volta.

Na sexta-feira, um diplomata norte-coreano exibiu a possibilidade de uma guerra nuclear com a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

"Se Washington e Seul tentarem criar um conflito na Península da Coreia, responderemos com uma guerra santa com base nas nossas forças nucleares", afirmou o embaixador da Coreia do Norte em Cuba, Kwon Sung-chol, de acordo com informações da agência de notícias oficial chinesa, a Xinhua.

Leia outras notícias sobre a China

Siga as notícias de Economia do site EXAME no Twitter

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDiplomaciaEnergiaEnergia nuclearInfraestrutura

Mais de Mundo

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba