Hong Lei, do ministério das Relações Exteriores: 'não apoiamos iniciativas de qualquer país que facilite as atividades do dalai lama contra a China em qualquer formato' (Frederic J. Brown/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2011 às 12h20.
Pequim - Devido à realização de um congresso budista liderado pelo dalai lama na Índia, o governo da China suspendeu nesta segunda-feira um diálogo com o país vizinho sobre a fronteira entre ambos e pediu o fim do que classifica como 'atividades separatistas' do líder espiritual tibetano.
'Gostaria de destacar que o dalai lama não é puramente uma figura religiosa, mas alguém que esteve envolvido com atividades separatistas durante muito tempo', afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, ao ser questionado se o cancelamento do diálogo com a Índia tinha relação com o monge.
'Não apoiamos iniciativas de qualquer país que facilite as atividades do dalai lama contra a China em qualquer formato', alegou o porta-voz em entrevista coletiva.
Sobre a 15ª reunião entre China e Índia por seu conflito na demarcação fronteiriça, Hong explicou que seu governo mantém contato com Nova Délhi para marcar uma nova data.
A reunião entre os dois países estava prevista para os dias 28 e 29 de novembro na capital indiana, mas foi cancelada depois que o governo de Nova Délhi disse que não iria ceder às exigências de Pequim para suspendê-la pela realização da conferência budista.
A Índia defendeu que o caráter do evento era 'religioso', e não político, mas a China não aceitou as explicações.