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China será firme se Trump manter desafio sobre Taiwan, diz mídia

Em uma entrevista com o Wall Street Journal publicada na sexta-feira, Trump disse que a política de "uma China" estava aberta para negociações

Donald Trump rompeu décadas de precedentes no mês passado ao aceitar um telefonema da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen (Shannon Stapleton/Reuters)

Donald Trump rompeu décadas de precedentes no mês passado ao aceitar um telefonema da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen (Shannon Stapleton/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 09h59.

Pequim - A China vai "tirar as luvas" e tomar ações efusivas caso o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, continue a provocar Pequim sobre Taiwan quando assumir o cargo, disseram dois jornais estatais chineses nesta segunda-feira.

Em uma entrevista com o Wall Street Journal publicada na sexta-feira, Trump disse que a política de "uma China" estava aberta para negociações.

O ministério de Relações Exteriores chinês, em resposta, disse que essa política era a fundação do relacionamento entre China e EUA, e que não é negociável.

Trump rompeu décadas de precedentes no mês passado ao aceitar um telefonema da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, parabenizando-o pela vitória nas eleições presidenciais norte-americanas. A conversa irritou Pequim, que considera Taiwan parte da China.

"Se Trump estiver determinado a usar esta jogada quando tomar posse, um período de interações ferrenhas e nocivas será inevitável, à medida que Pequim não terá escolha a não ser tirar suas luvas", disse o jornal China Daily, publicado em inglês.

O Global Times, um influente tabloide estatal, ecoou o China Daily, dizendo que Pequim tomaria "duras contramedidas" contra a tentativa de Trump de "danificar" o príncípio de "China unificada".

Segundo o jornal, a China continental será levada a acelerar a reunificação com Taiwan e combater sem clemência aqueles que defendem a independência da ilha.

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