Destróier "Izumo", da Marinha do Japão: "o Japão deveria refletir sua história, ser fiel a sua autodefesa e cumprir sua promessa de seguir um caminho de desenvolvimento pacífico", disse governo chinês (Toru Hanai/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2013 às 09h19.
Pequim - Após a Marinha japonesa ter apresentado ontem seu maior navio de guerra, o destróier "Izumo", o Ministério da Defesa da China mostrou nesta quarta-feira sua preocupação pelo "contínuo rearmamento do Japão", pedindo ao governo do país se centrar em "uma autodefesa pacífica", informou a imprensa oficial.
"O Japão deveria refletir sua história, ser fiel a sua autodefesa e cumprir sua promessa de seguir um caminho de desenvolvimento pacífico", assinalou o ministério chinês.
As autoridades da Coreia do Norte, tradicional aliado ideológico da China, também reprovou a apresentação do novo navio de guerra japonês, assinalando que o governo japonês cruzou uma "linha de perigo".
Observadores citados pela imprensa oficial chinesa acusam o "Izumo", que conta com instalações para helicópteros, de ser na realidade um porta-aviões, tipo de embarcação que é proibido ao Japão desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O navio foi inaugurado ontem no porto de Yokohama e, segundo especialistas militares, é o maior já adquirido pela Marinha japonesa desde a Segunda Guerra Mundial, quando o Exército imperialista japonês, aliado da Alemanha nazista, contava com uma das frotas de porta-aviões mais potentes da História contemporânea.