Usina nuclear de Qinshan, em Haiyan, leste da China: o país tem 13 reatores nucleares operacionais e está construindo mais de 20 (AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2011 às 09h28.
Pequim - A China revisará os procedimentos de emergência e as normas de construção de centrais nucleares, anunciou nesta segunda-feira o jornal China Daily, quase dois meses depois da catástrofe de Fukushima no Japão.
A aprovação de novos projetos de centrais na China, atualmente o país que mais constrói no mundo, está suspensa desde o terremoto e o tsunami de 11 de março e não será retomada antes da adoção de um plano de segurança nuclear, informa o jornal em língua inglesa.
"Devemos revisar nossas normas para enfrentar situações complicadas, como a que aconteceu no Japão", declarou o diretor de segurança nuclear do ministério do Meio Ambiente, Liu Hua.
"A lição de Fukushima é que devemos melhorar os procedimentos de emergência, e em particular a coordenação entre agências governamentais", completou.
As autoridades também pretendem instalar geradores elétricos móveis dentro das centrais nucleares para evitar qualquer falha dos circuitos de resfriamento dos reatores, como aconteceu em Fukushima.
Também estudam adotar normas mais rígidas para controlar eventuais inundações e para a construção de muros externos aos reatores.
Em 16 de março, Pequim anunciou uma inspeção geral de suas centrais nucleares, que pode terminar "antes do mês de agosto".
A China tem atualmente 13 reatores nucleares operacionais, todos situados perto do mar, e está construindo mais de 20, o que representa 40% de todos reatores atualmente em construção no mundo.