China: país vai retomar a emissão de vistos. (WANG ZHAO/AFP/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 13 de março de 2023 às 21h35.
Última atualização em 14 de março de 2023 às 06h44.
A China vai retomar a emissão de vários tipos de visto para estrangeiros no próximo dia 15, anunciou o ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira (14), suspendendo assim as restrições em vigor desde o começo da pandemia de covid-19. Desta maneira, o país dá mais um passo na reabertura ao mundo, poucos meses depois de começar a desmantelar a estratégia restritiva "covid zero", imposta durante quase três anos devido à pandemia.
Além da revisão e aprovação de novos documentos de viagem, os vistos emitidos antes de 28 de março de 2020 que ainda estiverem vigentes serão válidos para entrar na China, segundo a embaixada do país em Washington.
A China também irá retomar a possibilidade de conceder entradas sem visto a alguns tipos de viajante, como os visitantes da turística Hainan, quem viaja em cruzeiro para Xangai ou grupos de turistas procedentes de Hong Kong ou Macau.
Enquanto a maioria dos países reabriu suas fronteiras para viajantes internacionais muito antes, a China começou a abandonar as medidas drásticas que faziam parte de sua política sanitária "covid zero" no fim de 2022, após protestos populares contra as rígidas restrições domésticas.
O Itamaraty encaminhou na semana passada às embaixadas da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão informação de que vai retomar o princípio de reciprocidade diplomática. Isso significa que, assim como esses países exigem vistos de cidadãos brasileiros no processo de entrada, cidadãos dessas quatro nações terão de apresentar o mesmo documento ao desembarcarem no Brasil. A retomada da exigência passa a valer em 1º de outubro.
Em março de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro formalizou a dispensa do visto para turistas australianos, canadenses, norte-americanos e japoneses. A medida foi tomada após encontro com o republicano Donald Trump que estava à frente da Casa Branca, nos Estados Unidos.
Na época, a justificativa era aumentar a presença de turistas no Brasil - elevar o patamar de visitas de 6,7 milhões para 12 milhões ao ano até o ano passado. A expectativa, por óbvio, não levava em conta a pandemia da covid-19, que interrompeu o turismo por pelo menos dois anos.