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China rejeita acusação do Pentágono sobre espionagem militar

Segundo Pentágono, país oriental estaria usando espionagem para adquirir tecnologia para alimentar sua modernização militar

Membros da guarda de honra do exército chinês em Pequim, na China (Larry Downing-Pool/Getty Images)

Membros da guarda de honra do exército chinês em Pequim, na China (Larry Downing-Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 09h37.

Washington - A China está usando espionagem para adquirir tecnologia para alimentar sua modernização militar, disse o Pentágono na segunda-feira, acusando pela primeira vez a China de tentar invadir redes de computadores de defesa dos EUA. O governo chinês reagiu com uma negação firme.

Em seu relatório anual de 83 páginas ao Congresso sobre os desenvolvimentos militares da China, o Pentágono também citou avanços no esforço de Pequim para desenvolver caças de espionagem com tecnologia avançada e construir uma frota de porta-aviões.

O relatório disse que a ciberespionagem da China era uma "séria preocupação" que apontava para uma ameaça ainda maior porque as "habilidades necessárias para essas invasões são semelhantes às necessárias para conduzir ataques a redes de computadores".

"O governo dos EUA continuou a ser alvo de (ciber) intrusões, algumas das quais parecem ser imputáveis diretamente aos militares e ao governo chinês", disse o relatório, acrescentando que o principal objetivo das invasões virtuais era obter informações para beneficiar as indústrias de defesa, os militares estrategistas e os líderes governamentais.

Uma porta-voz disse que essa era a primeira vez que o relatório anual do Pentágono mencionou Pequim como invasores de redes de defesa dos EUA, mas a China considerou o relatório como sem fundamento.

O Departamento de Defesa dos EUA faz repetidamente "comentários irresponsáveis ​​sobre a normal e justificada ampliação da defesa da China e exagera uma chamada ameaça militar chinesa", disse a porta-voz da chancelaria chinesa Hua Chunying.

"Isto não é benéfico para a cooperação e a confiança mútua entre os EUA e a China", disse Hua a repórteres. "Nos opomos firmemente a isto e já fizemos representações junto aos EUA".

A ampliação da defesa da China é orientada no sentido de proteger a sua "independência e soberania nacional", disse Hua.

Sobre as acusações de pirataria, Hua disse: "Nós nos opomos firmemente a qualquer crítica infundada e promoção exagerada, porque o exagero sem fundamento e a crítica só prejudicam os esforços bilaterais de cooperação e diálogo".

Apesar das preocupações sobre as invasões, um alto funcionário da Defesa dos EUA disse que sua principal preocupação era a falta de transparência.

"O que me preocupa é a medida em que a modernização militar da China ocorre na ausência do tipo de abertura e transparência que os outros estão certamente demandando da China", disse David Helvey, vice-secretário assistente de Defesa para a Ásia Oriental, em entrevista ao Pentágono no relatório.

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