Fumaça saindo de chaminés em frente a construções residenciais em Tianjin, na China (Petar Kujundzic/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 11h05.
Pequim - A China está avaliando planos para reduzir o consumo de carvão em algumas das principais regiões industriais, disseram pessoas com conhecimento da política energética do país, como parte de medidas para reduzir a poluição do ar --uma questão que provocou uma onda de protestos públicos.
Em um plano que deve ser lançado este mês, a China pode definir uma meta para reduzir o uso de carvão na região fortemente poluída do norte, abrangendo Pequim, Hebei e Tianjin, em um total de 100 milhões de toneladas por ano até 2015, disse uma pessoa envolvida nas discussões sobre a política energética.
Essa região consumiu cerca de 375 milhões de toneladas de carvão no ano passado, cerca de um décimo do total nacional, com apenas a província de Hebei, principal produtora de aço da China, sendo responsável por cerca de 300 milhões de toneladas.
As tentativas anteriores de Pequim para conter os poluidores industriais não foram sempre bem-sucedidas, com governos locais obcecados com o crescimento muitas vezes fechando os olhos para as violações. O forte lobby por poderosas empresas estatais também parece ter impedido um recente plano para elevar os padrões nacionais de carvão e proibir as importações de baixo grau.
O pesquisador sênior Jiang Kejun, do Instituto de Pesquisas Energéticas, um centro de pesquisa comandado pela Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional, disse que objetivos precisos ainda estavam sendo debatidos, mas a decisão era esperada para breve.
O novo plano para a redução da poluição também prevê a proibição de expansão da capacidade em aço e outras indústrias poluentes nas grandes cidades, e forçará as empresas a usarem equipamentos de controle de emissões. As empresas que não cumprirem enfrentarão preços de energia mais altos e a ameaça de terem seu abastecimento de energia e água cortados, disseram os funcionários familiarizados com a política à Reuters, na semana passada.