Donald Trump publicou na segunda-feira no Twitter dois comentários relativos à Coreia do Norte (Getty Images)
EFE
Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 08h29.
Pequim - O governo da China afirmou nesta terça-feira que seus esforços pela paz e estabilidade na península de Coreia são "óbvios e reconhecidos", em resposta ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que criticou a passividade de Pequim perante o programa nuclear norte-coreano.
"Todo o mundo viu nossos esforços, foram reconhecidos pela comunidade internacional e, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, tomamos parte ativa na questão coreana", assegurou hoje em entrevista coletiva um porta-voz de Relações Exteriores da China, Geng Shuang.
"Todas as partes devem evitar palavras e ações que levem a uma escalada de tensões", acrescentou o porta-voz da diplomacia da China, país que na última década acolheu as fracassadas negociações para a desnuclearização da península de Coreia.
Trump publicou na segunda-feira no Twitter dois comentários relativos à Coreia do Norte, nos quais assegurou que Pyongyang não poderá desenvolver o míssil intercontinental com o qual Kim Jong-un ameaçou em seu discurso de Ano Novo e criticou a China por sua atitude relativa a seu tradicional aliado e vizinho.
"A China vem tomando enormes quantidades de dinheiro e riqueza dos EUA em um comércio totalmente unilateral, mas não ajudará com Coreia do Norte. Que lindo!", reprovou Trump, ao aludir também ao déficit comercial da economia americana com a chinesa, o que também provocou reações do porta-voz do país asiático.
"A cooperação econômica entre China e EUA é mutuamente benéfica e, se surgirem problemas nela, estes devem ser tratados apropriadamente, através de diálogo e consultas", ressaltou Geng.