Guerra comercial entre EUA e China: trégua durou cinco meses, até a tensão voltar com tudo na semana passada (Rawf8/Getty Images) (Rawf8/Getty Images)
Agência
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 16h15.
A Comissão Tarifária do Conselho de Estado da China anunciou, em 4 de fevereiro, que implementará tarifas adicionais sobre produtos importados dos EUA a partir de 10 de fevereiro. A medida veio após os Estados Unidos anunciarem, em 1º de fevereiro, a imposição de tarifas extras de 10% sobre mercadorias chinesas exportadas para o país, justificando a decisão por questões como o combate ao fentanil.
Em resposta, o Ministério do Comércio da China classificou a decisão como uma “séria violação” das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), além de um exemplo de “unilateralismo e protecionismo comercial”. Segundo o governo chinês, as tarifas foram levadas ao mecanismo de resolução de disputas da OMC para contestação.
A medida da China prevê sobretaxas de:
Outros produtos americanos também estarão sujeitos a tarifas adicionais, conforme as taxas atualmente aplicadas. O governo chinês destacou que não haverá isenção para as novas tarifas, mantendo inalteradas as políticas de armazenagem alfandegária e isenção de tributos já vigentes.
Além das sanções tarifárias, Pequim adotou novas restrições comerciais e regulatórias. No mesmo dia, o Ministério do Comércio e a Administração Geral das Alfândegas divulgaram o Anúncio nº 10 de 2025, estabelecendo o controle de exportação sobre materiais estratégicos como:
O governo chinês também incluiu as empresas americanas PVH e Illumina na lista de entidades não confiáveis. Paralelamente, a Administração de Regulamentação do Mercado da China anunciou a abertura de uma investigação antitruste contra o Google.
[Grifar]A escalada nas tensões comerciais reforça o clima de incerteza nas relações entre as duas maiores economias do mundo[/grifar], ampliando os impactos sobre mercados globais e setores estratégicos.