Mundo

China quer rápida solução para incidente com Argentina

Na segunda-feira, um guarda-costeira argentino disparou e afundou o pesqueiro chinês Lu Yuan Yu 10, que estaria trabalhando ilegalmente


	Barco chinês: "Esperamos que o incidente possa ser resolvido de forma adequada o mais rápido possível"
 (Argentine Naval Prefecture / Reuters)

Barco chinês: "Esperamos que o incidente possa ser resolvido de forma adequada o mais rápido possível" (Argentine Naval Prefecture / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 07h49.

Pequim - A China espera resolver "o mais rápido possível" o incidente relacionado à embarcação pesqueira chinesa que foi afundada esta semana por uma embarcação da guarda costeira da Argentina, disse nesta quinta-feira um porta-voz oficial que reiterou as "sérias preocupações" de Pequim.

"Esperamos que o incidente possa ser resolvido de forma adequada o mais rápido possível", afirmou Lu Kang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, ao ressaltar que "as duas partes estão em comunicação através de canais diplomáticos".

Na segunda-feira, um guarda-costeira argentino disparou e afundou o pesqueiro chinês Lu Yuan Yu 10, que estaria trabalhando ilegalmente nas águas do país latino-americano.

Após uma perseguição de várias horas, a embarcação chinesa tentou abordar a argentina, que respondeu com disparos, o que causou o naufrágio do pesqueiro. Os 32 tripulantes foram resgatados ilesos.

O Ministério de Relações Exteriores da China transmitiu uma queixa formal à Argentina pelo fato, em que pedia uma investigação oficial e as medidas necessárias para garantir que "incidentes semelhantes" não voltem a se repetir.

Mas o porta-voz afirmou a confiança de Pequim de que este incidente não afetará as relações bilaterais: "China e Argentina são amigos. Esperamos que este assunto seja resolvido apropriadamente", afirmou.

Também pediu às autoridades argentinas que protejam os interesses legais dos marinheiros chineses, reiterou o pedido de uma investigação formal, e que Pequim seja notificada dos resultados.

Segundo a imprensa chinesa, a embarcação era da companhia Yantai Fisheries, que faz parte do conglomerado pesqueiro estatal China National Agricultural Development Group, o que não foi confirmado por Lu.

Em um tom mais duro, o jornal oficial "Global Times" qualificou o incidente de "bárbaro" e "brutal" em um editorial que tachou de "inaceitável" a ação da guarda-costeira argentina.

Para o jornal, mesmo que o pesqueiro estivesse trabalhando ilegalmente em águas argentinas, a guarda-costeira foi "longe demais" em uma ação que pôs em perigo a vida da tripulação da embarcação chinesa.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaÁsiaChinaDiplomaciaPesca

Mais de Mundo

Hamas expressa disposição para libertar reféns, mas acusa Netanyahu de prolongar guerra

Venezuela rejeita ordem da CIJ de suspender eleições em área disputada com Guiana

Conclave: como a fumaça fica preta ou branca?

Atropelamento em massa deixa vários feridos na Alemanha