Presidente da China, Xi Jinping: presidente ordenou as medidas ao se tornar chefe do Partido Comunista, no final de 2012, em busca de dissuadir a revolta pública devido ao desperdício e a extravagâncias (Edgard Garrido/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 08h55.
Pequim - A China puniu quase 20 mil autoridades públicas no ano passado por desobediência a regras para reduzir a burocracia e as pompas cerimoniais, informou o governo nesta segunda-feira.
O presidente Xi Jinping ordenou as medidas ao se tornar chefe do Partido Comunista, no final de 2012, em busca de dissuadir a revolta pública devido ao desperdício e a extravagâncias, principalmente por parte de autoridades que abusam de suas posições para acumular patrimônio.
Xi exigiu que reuniões fossem reduzidas, cerimônias de boas-vindas canceladas e abandonada a prática de longos discursos sem sentido, num esforço para tornar a burocracia do país mais eficiente e menos suscetível a subornos.
A Comissão Central para Inspeção da Disciplina, órgão contra corrupção do partido, disse que a maioria das autoridades consideradas transgressoras das novas regras recebeu punições administrativas ou internas, sem dar mais detalhes.
Mais de 5 mil das autoridades violaram normas referentes ao uso de carros oficiais, enquanto 903 foram consideradas culpadas por organizar comemorações sofisticadas demais, informou o órgão por meio de um comunicado publicado em sua página na Internet.
Jinping já disse que a corrupção endêmica ameaça a própria sobrevivência do partido e prometeu perseguir tanto "tigres" do alto-escalão como as "moscas" que voam baixo.