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China promete ser boa vizinha após crítica da Coreia do Norte

Coreia do Norte rebateu comentários da mídia estatal chinesa com pedidos de sanções mais rígidas contra o programa nuclear do país

Coreia do Norte: China está resolutamente dedicada à desnuclearização da Coreia do Norte (Damir Sagolj/Reuters)

Coreia do Norte: China está resolutamente dedicada à desnuclearização da Coreia do Norte (Damir Sagolj/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de maio de 2017 às 10h51.

Última atualização em 4 de maio de 2017 às 14h34.

Pequim - A China disse nesta quinta-feira que quer ser uma boa vizinha da Coreia do Norte depois que a agência de notícias estatal norte-coreana publicou uma crítica rara a comentários da mídia estatal chinesa com pedidos de sanções mais rígidas contra o programa nuclear de Pyongyang.

Os Estados Unidos vêm exortando a China, a única grande aliada da Coreia do Norte, a fazer mais para conter os programas nuclear e de mísseis de sua vizinha. O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, já alertou que a "era da paciência estratégica" acabou.

Um comentário publicado pela agência de notícias norte-coreana KCNA se referiu a comentários recentes publicados nos jornais chineses Diário do Povo e Global Times, dizendo que estes são "amplamente conhecidos como a mídia que veicula a posição oficial do partido e do governo chinês".

Em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que a posição de seu país é consistente e clara.

"A posição da China quanto a desenvolver relações amigáveis e de boa vizinhança com a Coreia do Norte também é consistente e clara", disse Geng a repórteres, em resposta a uma pergunta sobre o comentário da KCNA.

A China está resolutamente dedicada à desnuclearização da península, à manutenção da paz e da segurança e a resolução da questão por meio do diálogo, acrescentou Geng.

Em sua reação ao texto da KCNA, a conta da edição estrangeira do Diário do Povo em uma rede social disse estar claro que as atividades nuclear e de mísseis norte-coreanas são uma ameaça à China.

"A Coreia do Norte não deixou a Guerra Fria para trás e não quer fazê-lo, e está emaranhada em uma teia de antagonismo entre seus inimigos e ela que ela mesma teceu", disse.

A China vem dizendo repetidamente que, embora fique contente de organizar conversas, em última instância cabe aos EUA e à Coreia do Norte resolverem suas diferenças.

Diplomatas dizem que Washington e Pequim estão negociando uma reação possivelmente mais forte do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como novas sanções, aos repetidos lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte em desafio às resoluções do Conselho de Segurança.

O comentário da KCNA argumentou que os artigos chineses tentaram atribuir a Pyongyang a culpa pelas "relações deterioradas" entre a China e a Coreia do Norte e pela mobilização de recursos estratégicos norte-americanos na região, além de acusar a China de "exagerar" os danos causados pelos testes nucleares norte-coreanos às três províncias do nordeste chinês.

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