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China promete resposta firme à ofensiva comercial dos Estados Unidos

Governo de Donald Trump impôs tarifas adicionais a todos os produtos importados do país asiático

O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi (AFP)

O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de março de 2025 às 08h04.

Última atualização em 7 de março de 2025 às 08h10.

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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, prometeu nesta sexta-feira, 7, uma resposta firme à ofensiva comercial dos Estados Unidos, que impôs tarifas adicionais a todos os produtos importados do país asiático.

Em uma entrevista coletiva durante a sessão plenária anual da Assembleia Popular Nacional, o ministro acusou o governo dos Estados Unidos de impor tarifas "sem motivo" e fez um alesta sobre um mundo governado pela "lei da selva", caso cada país persiga apenas seus próprios interesses.

"Há quase 190 países no mundo (...) Imagine se cada país enfatizasse suas próprias prioridades e acreditasse na força e status, o mundo voltaria à lei da selva", afirmou Wang.

Segundo ele, a atual política comercial americana "não é como um grande país responsável deve se comportar".

"Os vínculos econômicos e comerciais entre a China e os Estados Unidos são mútuos", lembrou. "Se você escolhe a cooperação, pode levar a um benefício recíproco; mas se a pressão continuar, a China responderá de maneira firme", acrescentou o veterano político.

O chefe da diplomacia chinesa também descartou que a aparente aproximação da administração de Donald Trump com a Rússia afete as boas relações entre Pequim e Moscou.

Wang definiu a aliança entre Moscou e Pequim como "uma constante em um mundo turbulento, que não mudará devido a eventos temporários, nem será abalada pela interferência de outras partes".

O ministro, no entanto, pareceu apoiar as ações de Trump para acabar com o conflito na Ucrânia, recebidas com receio por Kiev e seus aliados europeus porque temem uma paz favorável aos interesses russos.

"A China saúda e apoia todos os esforços dedicados à paz", disse Wang, argumentando que "o conflito não tem vencedores e a paz não tem perdedores".

Ele também pediu a todas as partes que busquem "um cessar-fogo total e duradouro em Gaza e o aumento da ajuda humanitária".

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