Bebês tomam primeiro banho em hospital na China: o relaxamento da política do filho único após 35 anos pode fazer com que o número de nascimentos anuais no país chegue a 20 milhões (Reuters / Stringer)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2015 às 08h12.
Pequim - A nova autorização para que todos os casais da China possam ter dois filhos, e não apenas um como até agora, fará com que a população do país chegue aos 1.450 bilhão de habitantes em 2030, frente aos 1.393 bilhão projetados pelas Nações Unidas, previram nesta sexta-feira responsáveis governamentais.
Segundo disse em declarações a "Xinhua" o subdiretor da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, encarregada da aplicação destas limitações, o relaxamento da política do filho único após 35 anos pode fazer com que o número de nascimentos anuais no país chegue a 20 milhões.
A última vez que se chegou a esse número foi em 1997, e neste século o país mais populoso do mundo (quase 1,4 bilhão de habitantes atualmente) nunca alcançou os 17 milhões de nascimentos anuais.
Calcula-se que entre 90 e 100 milhões de famílias se beneficiarão do fim da política do filho único, ou sua substituição por esta nova "política dos dois filhos", que se aplicará oficialmente uma vez aprovada pelo Legislativo chinês.
Os especialistas consideram que as zonas rurais, onde vive 60% desses núcleos familiares, serão mais ativos na hora de ter mais filhos do que nas áreas urbanas, onde os altos custos da educação e da saúde podem dissuadir muitos casais nos quais tanto a mãe como o pai costumam trabalhar fora de casa.
Apesar dos novos números apresentados hoje pelo governo chinês, se mantém a previsão de que a China deixará em breve de ser o país mais populoso do mundo e será superado pela Índia, já que o Fundo de População das Nações Unidas projeta que o número de habitantes nesse país superará os 1.520 bilhão em 2030.