Papa Francisco tenta cicatrizar uma ruptura de décadas entre o Vaticano e a China (Tony Gentile/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 14h14.
Pequim - O Vaticano deve tomar medidas para melhorar relações com a China, disse o chefe de questões religiosas chinês nesta terça-feira, uma semana após a Igreja Católica Romana dizer que espera "sinais positivos" de Pequim.
O papa Francisco tenta cicatrizar uma ruptura de décadas com a China, onde católicos são divididos entre leais a ele e ao Vaticano ou são membros de uma igreja oficial controlada pelo governo.
Um dos obstáculos para melhores relações é a questão de quem deve nomear um clérigo de alto escalão.
A China diz que bispos devem ser nomeados pela comunidade local católica chinesa e se recusa a aceitar a autoridade do papa, que é visto pelo país como chefe de um Estado estrangeiro e não possui direito de intromissão em questões de Pequim.
Wang Zuoan, chefe da Administração Estatal para Questões Religiosas, disse neta terça-feira, segundo a agência de notícias Xinhua, que a China "espera que o Vaticano tome uma atitude ainda mais flexível e pragmática, e tome medidas verdadeiras para criar condições benéficas para a melhora nas relações".
A China quer conversas construtivas para diminuir as diferenças, aumentar o consenso e promover relações, disse Zuoan durante encontro de católicos chineses.
"A posição do governo chinês em melhorar laços sino-vaticanos sempre foi clara e consistente", acrescentou.
O Vaticano informou na semana passada que está "certo que todos católicos na China aguardam sinais positivos que iriam ajudá-los a ter confiança no diálogo entre autoridades civis e a Santa Sé e esperança por um futuro de unidade e harmonia".