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China pede que EUA e Coreias repensem plano para aliviar tensões

"Esperamos que as partes envolvidas levem em conta a paz, a estabilidade e a desnuclearização", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores

Bandeiras da Coreia do Sul e dos Estados Unidos (EUA) (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Bandeiras da Coreia do Sul e dos Estados Unidos (EUA) (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 09h43.

Pequim - O governo chinês pediu nesta segunda-feira aos da Coreia do Norte e Estados Unidos que "pensem minuciosamente" na proposta "factível e razoável" de seu ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, sobre a suspensão dos testes norte-coreanos e as manobras militares de Washington e Seul para aliviar as tensões na região.

"Esperamos que as partes envolvidas levem em conta a paz, a estabilidade e a desnuclearização da península coreana, e que pensem minuciosamente sobre a proposta para dar uma resposta construtiva", afirmou, em entrevista coletiva, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

"Qualquer ação que aumente as tensões é desaconselhável", acrescentou, referindo-se ao início hoje das manobras anuais de combate simulado dos Exércitos da Coreia do Sul e EUA, assim como os testes de mísseis balísticos realizados por Pyongyang na semana passada.

Hua pediu que todas as partes "atuem com moderação e mantenham a calma" ao invés de "se provocar mutuamente".

A proposta do ministro Yi citada por Hua se baseia na suspensão dos testes da Coreia do Norte condicionada a uma cessação das manobras militares dos EUA e Coreia do Sul para conseguir uma redução da tensão que permita o retorno às negociações de seis lados.

Em entrevista coletiva realizada na quarta-feira, o chanceler considerou que "ambas as partes são dois trens que aceleram, se dirigem contra o outro e ninguém quer dar passagem (...) Nossa prioridade atual é acender a luz vermelha e conter ambas as partes".

No entanto, sua proposta não foi bem recebida pelos EUA e Coreia do Sul. A embaixadora americana perante a ONU, Nikki Haley, rejeitou o plano dando a entender que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, não é "uma pessoa racional", enquanto Seul afirmou que não suspenderia seus exercícios "puramente defensivos".

Em plenas tensões, ambos países iniciaram hoje suas manobras conjuntas de combate simulado Key Resolve, que coordena em solo sul-coreano manobras no terreno e exercícios de artilharia através de uma simulação por computador, em coincidência com a realização neste país de outros exercícios entre ambas Forças Armadas, os Foal Eagle.

A isso se soma o início do desdobramento do THAAD na Coreia do Sul, um sistema para derrubar projéteis norte-coreanos que ameacem cair sobre o vizinho do sul e que além de despertar a rejeição do regime de Kim, também suscitou fortes críticas da China.

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