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China pede moderação no conflito em Gaza, especialmente a Israel

Um dia após os protestos em Gaza, o porta-voz chinês, Lu Kang, pediu que palestinos e israelenses atuem para evitar uma escalada de tensão

Gaza: o protesto de ontem (14) em Gaza foi o mais violento do conflito israelense-palestino desde 2014 (/Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Gaza: o protesto de ontem (14) em Gaza foi o mais violento do conflito israelense-palestino desde 2014 (/Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de maio de 2018 às 10h19.

A China pediu moderação, "especialmente a Israel", um dia depois da morte de 59 palestinos em confrontos e protestos na Faixa de Gaza contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

"Pedimos às partes palestina e israelense, especialmente a Israel, que atuem com moderação para evitar uma escalada de tensão", afirmou Lu Kang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

O Conselho de Segurança da ONU, do qual a China é membro permanente, deve se reunir nesta terça-feira para debater a situação na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza.

A segunda-feira foi o dia mais violento do conflito israelense-palestino desde 2014.

A liderança palestina denunciou um "massacre". O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu justificou o uso da força pelo direito de Israel de defender suas fronteiras contra os atos "terroristas" do movimento islamita Hamas, que governa Gaza e contra o qual Israel travou três guerras desde 2008.

Os acontecimentos de segunda-feira na Faixa de Gaza provocaram uma grande preocupação e críticas da comunidade internacional.

Turquia e África do Sul decidiram convocar para consultas eu embaixadores em Israel. O presidente francês, Emmanuel Macron, "condenou a violência das Forças Armadas israelenses contra os manifestantes".

As forças israelenses mataram mais de 100 palestinos desde 30 de março, quando começou a "Marcha do Retorno", movimento de protesto que reúne regularmente milhares de moradores de Gaza ao longo da cerca de segurança que separa Israel do território palestino.

O número pode aumentar porque está prevista uma nova mobilização na fronteira esta terça-feira, dia em que os palestinos recordam a "Nakba", a "catástrofe", como eles chamam a criação de Israel em 1948 e que foi sinônimo de êxodo para centenas de milhares de pessoas.

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