Hua Chunying: "os fatos demonstraram que a pressão e as sanções não podem resolver o problema", afirmou a porta-voz (Jason Lee/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de agosto de 2017 às 09h37.
Pequim - A China pediu, nesta terça-feira, o diálogo para encerrar a crise dos testes com armas realizados pela Coreia do Norte, pois considera que as sanções sobre o regime de Pyongyang não terão efeito.
"Os fatos demonstraram que a pressão e as sanções não podem resolver o problema", afirmou em entrevista coletiva de imprensa, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
Portanto, "a única via de saída é através do diálogo e as consultas", afirmou Hua, horas depois da Coreia do Norte realizar o lançamento de um míssil que sobrevoou o norte do Japão.
A porta-voz lembrou que a China se opõe aos programas nucleares e balísticos da Coreia do Norte, mas afirmou os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizaram uma e outra vez manobras militares e exerceram pressão militar" sobre Pyongyang.
"A China propõe conversações de paz, enquanto outros realizam exercícios militares" destacou.
Neste sentido, a porta-voz reiterou a proposta realizada pela China de "suspensão dupla" pelo qual os EUA e Seul ofereceriam parar com suas manobras, em troca que a Coreia do Norte não realizasse mais testes balísticos e nucleares.
Esta suspensão dupla "é o enfoque mais factível e viável nas atuais circunstâncias", sublinhou.
A fonte oficial também insistiu que, embora a China considere que as sanções não são a solução para a crise, está implementando as resoluções da ONU contra a Coreia do Norte como um todo.
Diante de uma possível resposta dos EUA ao novo desafio norte-coreano, Hua advertiu que "todas as partes envolvidas devem evitar ações que possam gerar uma escalada da tensão".