Porta-voz do governo acrescentou que a postura chinesa é persistente em "tentar conseguir a desnuclearização da península coreana e proteger a paz e a estabilidade no nordeste da Ásia" (Barry Huang/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2013 às 07h55.
Pequim - A China pediu "calma e contenção" nesta terça-feira após o anúncio feito pela Coreia do Norte de reativar sua usina nuclear da cidade de Yongbyon, localizada ao norte de Pyongyang, o que ocorreu em meio a fortes tensões com a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
A posição do gigante asiático foi anunciada hoje pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, em entrevista coletiva em Pequim na qual também "lamentou" a decisão do aliado regime comunista.
Hong acrescentou que a postura chinesa é persistente em "tentar conseguir a desnuclearização da península coreana e proteger a paz e a estabilidade no nordeste da Ásia".
"A atual situação é sensível e complexa", disse o porta-voz, que pediu a todas "as partes relevantes a manter a calma e se conter, retomar o diálogo o mais breve possível e buscar juntos uma adequada solução".
Além disso, ele afirmou que seu país considera que o assunto nuclear não pode ser resolvido com sanções.
"As sanções não solucionam os problemas de maneira fundamental", ressaltou, pedindo também o reinício das conversas de seis lados (entre as duas Coreias, EUA, Rússia, Japão e China, paralisadas por Pyongyang em 2009) "para atender todas as preocupações e melhorar suas relações dentro de um marco".
"Só assim podemos conseguir uma paz e estabilidade duradoura na península coreana", sentenciou.
Hoje, a agência estatal "KCNA" anunciou que o país reativará suas instalações em Yongbyon, o maior centro nuclear de tipo bélico da Coreia do Norte, incluindo um reator atômico de 5 megawatts que Pyongyang desativou em 2007 e cuja torre de refrigeração destruiu.
A reativação do reator, cuja data não foi revelada - embora a "KCNA" tenha falado em ações "imediatas" a respeito -, poderia fornecer plutônio a partir de barras de combustível, com a qual a Coreia do Norte teria capacidade de fabricar bombas atômicas, segundo especialistas.