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China ordena bloqueio anti-covid em cidade após protestos violentos em fábrica de iPhones; entenda

O país anunciou hoje um recorde de infeções diárias desde o início da pandemia

Protestos na fábrica da Foxconn, na China: país decreta lockdown em Zhengzhou (China/Exame)

Protestos na fábrica da Foxconn, na China: país decreta lockdown em Zhengzhou (China/Exame)

AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de novembro de 2022 às 06h54.

As autoridades de Zhengzhou, sede da maior fábrica de iPhone do mundo, ordenaram o bloqueio de vários distritos da cidade em meio a um surto de Covid-19 que provocou pânico e protestos violentos. Moradores do centro da cidade não devem deixar suas casas "a menos que seja necessário" e não podem abandonar a região se não apresentarem teste de covid negativo e obtiverem autorização das autoridades, determinou o governo local.

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As restrições da política de 'covid zero', que vão durar pelo menos cinco dias a partir da meia-noite de sexta-feira, vão afetar mais de seis milhões de pessoas, cerca de metade da população desta cidade do centro da China. O comunicado do governo exige ainda que os residentes de oito distritos se submetam a um teste diário de covid durante este período.

A ordem ocorre após a eclosão de violentos protestos no complexo industrial da empresa de tecnologia Foxconn, onde está localizada a maior produção de telefones iPhone do mundo. A fábrica impôs restrições anti-covid por conta própria por um mês para evitar a proliferação de infecções entre sua força de trabalho.

Imagens de trabalhadores fugindo da fábrica a pé surgiram no mês passado em meio a alegações de más condições de trabalho nas instalações. O governo municipal de Zhengzhou disse na quarta-feira que o surto na cidade "ainda é sério e complicado".

O gigante asiático anunciou esta quinta-feira um recorde de infeções diárias desde o início da pandemia, com 31.454 novos casos. Dessas novas infecções, 675 foram registradas em Zhengzhou, a grande maioria assintomática.

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