Coreia do Norte: os níveis de radioatividade no distrito passaram da média de 104,9 nanograys para 112,5 nanograys (Chung Sung-Jun/Getty Images)
EFE
Publicado em 6 de setembro de 2017 às 14h17.
Pequim - A China detectou um leve aumento da radioatividade no ponto da fronteira com a Coreia do Norte mais próximo ao possível lugar do último teste nuclear de Pyongyang, embora ainda não tenha sido confirmado se o aumento tem a ver com o experimento.
Os níveis de radioatividade no distrito de Changbai, na província de Jilin, passaram da média de 104,9 nanograys antes do teste de domingo para 108,5 nanograys na terça-feira.
Nesta quarta-feira, os números chegaram a um pico de 112,5 nanograys. Outras estações também registraram aumentos leves da radioatividade nos últimos dias.
O site da Administração Nacional de Segurança Nuclear chinesa mostra os resultados recolhidos nesta quarta-feira pela rede de estações de medição.
"Os resultados do monitoramento mostram que este teste nuclear da Coreia do Norte não afeta atualmente o nosso meio ambiente nem a população", informou o órgão em comunicado oficial.
No entanto, Guo Qiuju, professor de proteção contra a radiação na Faculdade de Física da Universidade de Pequim, disse ao jornal independente de Hong Kong "South China Morning Post" que ainda é cedo para saber se esses aumentos se devem ao teste norte-coreano ou a fatores da natureza, já que a radiação oscila de forma natural.
A China tem uma rede de 38 estações de medição de radioatividade (fixas e móveis) juntas e perto da fronteira da Coreia do Norte ou em zonas costeiras próximas a esse país, distribuídas nas províncias de Jilin, Heilongjiang, Liaoning e Shandong.
As autoridades chinesas ativaram este sistema por causa dos últimos testes nucleares norte-coreanos, sem que oficialmente tenham sido registrados níveis anormais de radioatividade.