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China nomeia encarregado da segurança em Hong Kong após aprovar nova lei

País levou uma autoridade do setor de propaganda com experiência em enfrentar tanto protestos quanto a mídia para ajudar a controlar o território

Protestos: sob manifestações, China adotou a polêmica lei de segurança nacional para Hong Kong, considerada uma forma de silenciar a oposição e minar a autonomia do território (Athit Perawongmetha/Reuters)

Protestos: sob manifestações, China adotou a polêmica lei de segurança nacional para Hong Kong, considerada uma forma de silenciar a oposição e minar a autonomia do território (Athit Perawongmetha/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de julho de 2020 às 17h45.

Última atualização em 3 de julho de 2020 às 19h02.

O governo da China agiu rápido para nomear um novo encarregado da segurança em Hong Kong, levando uma autoridade do setor de propaganda com experiência em enfrentar tanto protestos quanto a mídia para ajudar a controlar o território. Zheng Yanxiong será o primeiro diretor do Escritório para Salvaguarda da Segurança Nacional em Hong Kong, do governo chinês.

Zheng chamou a atenção primeiro como líder municipal no sul da China há quase uma década, quando adotou uma abordagem linha-dura contra protestos de moradores locais de uma vila por suposta apropriação indébita de terras.

Um graduado membro do Partido Comunista na província do Cantão (Guangdong), ele trabalhou como responsável pela propaganda da sigla durante boa parte de suas quase três décadas de carreira.

Observadores da política da China dizem que a nomeação de Zheng, de 56 anos, anunciada nesta sexta-feira, sinaliza uma nova realidade para Hong Kong.

A cidade há tempos é conhecida por sua imprensa vibrante, inclusive por publicações que criticam com frequência o Partido Comunista da China, e os jornalistas em geral têm sido capazes de trabalhar com pouco temor de intimidação ou repercussões legais.

O cargo de Zheng foi criado com a nova lei de segurança nacional de Hong Kong, imposta por Pequim nesta semana com a intenção de reforçar o controle sobre a cidade, chacoalhada por protestos contra o governo ao longo do último ano.

Com a nova lei, Pequim leva a Hong Kong muitos dos métodos chineses para lidar com atividades de policiamento e com contestações ao partido governista.

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