China: governo condenou ontem o ataque contra a Sony Pictures Entertainment e manifestou sua oposição a qualquer forma de "terrorismo cibernético" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 08h06.
Pequim - O governo da China negou nesta terça-feira qualquer relação com os cortes que durante nove horas afetaram vários sites oficiais da Coreia do Norte, ocorridos poucos dias depois do ciberataque contra a companhia americana Sony que, segundo Washington, foi orquestrado por Pyongyang.
A suposta vinculação da China com os problemas de conexão dentro da Coreia do Norte "se baseia em especulações jornalísticas irresponsáveis e nada profissionais", assinalou em entrevista coletiva a porta-voz do Ministério chinês de Relações Exteriores Hua Chunying.
Hua também expressou o desejo de que os EUA e a Coreia do Norte tratem conjuntamente os problemas de cibersegurança sofridos nos últimos dias, apesar de Washington ter afirmado ontem que considerava "absurda" a proposta de Pyongyang de investigar conjuntamente o ciberataque à Sony.
O governo da China condenou ontem o ataque contra a Sony Pictures Entertainment e manifestou sua oposição a qualquer forma de "terrorismo cibernético", embora tenha evitado responsabilizar diretamente a Coreia do Norte.
As ações contra a Sony, que incluíram o vazamento de e-mails com informação confidencial, fez a empresa cancelar o lançamento do filme "A Entrevista", uma sátira sobre o líder norte-coreano Kim Jong-un.
A porta-voz chinesa reiterou hoje a oposição de Pequim a que o Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual a China é membro permanente, aborde a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, um dia depois de o organismo começar a debatê-lo pela primeira vez.
"Nos opomos a impor pressões sobre outros países com o pretexto de direitos humanos e não achamos que o Conselho de Segurança seja o lugar adequado para discutir esse assunto", assinalou Hua.
"Esperamos que (o Conselho de Segurança) não adote ações que possam complicar a situação", acrescentou a porta-voz oficial.