Veículos da mídia de Hong Kong relataram na semana passada que a China enviou mais soldados à fronteira após Kim Jong Nam ser atacado no aeroporto de Kuala Lumpur (Larry Downing-Pool/Getty Images)
Reuters
Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 09h10.
Pequim - A China negou nesta quinta-feira ter aumentado sua presença militar na fronteira com a Coreia do Norte após o assassinato de Kim Jong Nam, meio irmão do líder norte-coreano, Kim Jong Un, na Malásia.
Relatos circulavam em momento de tensões elevadas na península coreana sobre a China ter enviado tropas à fronteira, o que o país sempre nega.
Autoridades sul-coreanas e norte-americanas dizem que Kim Jong Nam foi assassinado por agentes da Coreia do Norte. A Coreia do Norte não reconheceu a morte.
Alguns veículos da mídia de Hong Kong relataram na semana passada que a China enviou mais soldados à fronteira após Kim ser atacado no aeroporto de Kuala Lumpur em 13 de fevereiro.
"Sobre reportagens que mencionaram sobre o Exército de Libertação do Povo aumentar tropas na fronteira chinesa-norte-coreana, elas são totalmente sem fundamento e completamente falsas", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Ren Guoqiang, durante entrevista coletiva mensal.
Ele não deu mais detalhes.
Kim havia falado publicamente no passado contra o controle dinástico de sua família sobre a Coreia do Norte. Ele morava no território chinês de Macau sob proteção de Pequim.
A China é a aliada mais importante da Coreia do Norte, mas tem expressado descontentamento com os testes nucleares e de mísseis do país vizinho e assinou diversas rodadas de sanções da Organização das Nações Unidas contra a Coreia do Norte, ao mesmo tempo que busca uma resolução diplomática através de diálogos.