China: o Partido Comunista chinês anunciou que iria relaxar a sua longa e controversa "política do filho único" (AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 12h13.
Pequim - A China vai manter as restrições de planejamento familiar por até 30 anos, disse um alto funcionário chinês nesta segunda-feira, rejeitando preocupações de que o limite do número de crianças encolherá a força de trabalho necessária para apoiar o envelhecimento da população.
No ano passado, o Partido Comunista chinês anunciou que iria relaxar a sua longa e controversa "política do filho único", permitindo a todos os casais o segundo filho.
Mas os críticos dizem que a mudança de política chega tarde demais para evitar um desequilíbrio populacional perigoso, já que muitos casais não se interessam em ter mais filhos.
Espera-se que a população da China atinja seu pico de 1,45 bilhão de pessoas em 2050, quando uma em cada três pessoas deverá ter mais de 60 anos de idade, com uma proporção cada vez menor de trabalhadores adultos para apoiar esses idosos.
Mas as autoridades vão manter as restrições de planejamento familiar “por longo prazo”, afirmou o vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, Wang Peian, em uma entrevista coletiva.
"Esta adesão a longo prazo é de pelo menos 20 anos, 30 anos", disse Wang. "Depois de um período de tempo, juntamente com as alterações demográficas e com mudanças na situação do desenvolvimento socioeconômico da população, iremos adotar uma política demográfica diferente."