Mercado acredita que pelo menos 10 milhões de toneladas serão compradas (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2011 às 13h13.
Pequim/Cingapura - A China pode ter comprado até 5 milhões de toneladas de milho desde março, e fontes do mercado acreditam que o segundo consumidor global compre mais, à medida que os preços do produto caíram das máximas.
O preço do milho na bolsa de Chicago perdeu cerca de um quinto de seu valor desde o recorde de 7,9975 dólares por bushel em 10 de junho, após o governo dos EUA ter previsto uma potencial safra recorde.
"Considerando o preço atrativo, acreditamos que a China pode ter comprado bastante nos últimos dias, um volume de pelo menos 5 milhões de toneladas desde março", afirmou uma fonte da indústria em Pequim.
"Nossa planilha mostra que a China precisa importar pelo menos 10 milhões de toneladas em 2011/12. Mesmo com um aumento de área no país, o volume é necessário para cobrir o consumo doméstico, além da necessidade para reconstruir os estoques e esfriar a especulação." Outra fonte da indústria na China, que também pediu para não ser identificada, afirmou que o país já comprou 5 milhões de toneladas ou está a caminho de atingir esse volume.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) confirmou venda de 540 mil toneladas para a China na quinta-feira e de outras 300 mil toneladas para destinos não conhecidos, as quais traders acreditam ser a China. As vendas anunciadas pelo USDA foram somadas a cerca de 2 milhões de toneladas que o país já havia comprado neste ano.
"Na semana passada e nesta semana a China tem comprado milho dos EUA e nós esperamos que eles continuem comprando mais com estes preços, o que é um fator bastante altista", disse Kazuhiko Saito, analista chefe de commodities da Fujitomi, empresa de trading de commodities, em Tóquio.
"Nossa estimativa é de que eles vão comprar facilmente 5 milhões de toneladas de milho dos EUA este ano e a maior parte da compra vai ocorrer em julho ou agosto", disse o analista, cuja estimativa está em conformidade com a previsão feita pelo Conselho de Grãos dos EUA.