Li Keqiang: China continuará nos próximos meses a perseguir planos para examinar empresas estatais (REUTERS/Jason Lee)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2014 às 12h14.
Tianjin - A China avançará com esforços para liberalizar seus mercados de câmbio e de juros mesmo que reformas anteriores tenham apresentado desafios para companhias, disse o premiê Li Keqiang nesta quarta-feira.
Sem detalhar as dificuldades enfrentadas por empresas, Li prometeu que a China continuará nos próximos meses a perseguir planos para examinar empresas estatais, aprimorar o sistema fiscal e permitir que mercados determinem os preços de produtos e serviços.
Discursando em um encontro organizado pelo Fórum Econômico Mundial, Li novamente tentou acalmar os receios de investidores globais sobre a saúde da segunda maior economia do mundo.
O mercado de trabalho chinês está se fortalecendo e a economia chinesa pode crescer cerca de 7,5 por cento este ano, alinhada com a meta do governo, disse Li, descartando a possibilidade de uma queda abrupta no crescimento, também chamada de "pouso forçado".
"A decisão da China de avançar com a liberalização de taxas de juros e cambiais inevitavelmente trará desafios para instituições financeiras e órgãos supervisores", disse Li no fórum em Tianjin.
Depois de três décadas de crescimento na casa de dois dígitos, a economia da China está finalmente amadurecendo.
As autoridades agora planejam as reformas econômicas mais ambiciosas em 30 anos para reorientar o modelo de expansão da China e levar o país à próxima etapa de crescimento.
Autoridades e especialistas têm dito, no entanto, que as reformas têm efeitos colaterais e que vão pressionar, no curto prazo, uma economia que já teve uma trajetória atribulada neste ano. Li acrescentou que a economia Chinesa está indo bem.
"A economia chinesa tem grande tenacidade, capacidade potencial e espaço para manobras", disse Li, acrescentando que o governo fará mais "ajustes direcionados" à política. "Temos a capacidade de evitar uma grande flutuação no crescimento e não veremos um pouso forçado".